O desenvolvimento de tecnologias ligadas à Inteligência Artificial (IA) pode não ser aproveitado da melhor forma, se as empresas não apostarem em Investigação e Desenvolvimento (I&D) na matéria. O alerta é do diretor de IA da NOS, Pedro Brandão.Em declarações prestadas ao Diário de Notícias, explica que "existe o risco de as capacidades tecnológicas se tornarem relativamente inconsequentes". Para evitar que tal aconteça, a NOS está a investir no setor.Em função das evoluções dos últimos anos, nomeadamente com a capacidade generativa da IA, a operadora de telecomunicações criou "um programa transversal de IA". O objetivo passa por "maximizar o impacto que conseguimos ter com esta tecnologia", salienta. Na mira está a melhoria da experiência dos consumidores e a otimização dos processos internos da empresa.Os programas em curso permitiram criar chatbots "com capacidade responsiva" para contactos com os clientes, assim como trabalhar no âmbito do machine learning (uso de dados concretos para aprimorar os algoritmos usados, com recurso a intervenção mínima do ser humano), de forma a melhorar as ofertas disponíveis para os clientes. Outro programa visa aumentar a produtividade dos trabalhadores e departamentos e, neste âmbito, a NOS formou "todos colaboradores" em ferramentas generativas, associadas à IA.De acordo com Pedro Brandão, a Inteligência Artificial Generativa "é capaz de elevar o trabalho de todas as pessoas". Assim sendo, "temos que criar condições para que as pessoas as utilizem de uma maneira segura", sublinha.Alerta sobre futuras leis lançadas por BruxelasNa avaliação do responsável, a legislação emitida emitida pela UE para regular a IA (o chamado AI Act) não constitui uma barreira à inovação nas empresas.Ainda assim, olhando para o futuro, sublinha a importância de que futuras leis não criem "tensão entre inovação e regulação", algo que é "a antítese do que deveria acontecer", reitera..CIP vai lançar formação em Inteligência Artificial que pode abranger 50 mil empresas.Inteligência Artificial no sector bancário: tecnologia normal e desafios reais.Assistentes de inteligência artificial partilham dados confidenciais do utilizador