Sete negócios que saíram do 'Tanque dos Tubarões'
Quatro anos depois da estreia da versão portuguesa do programa televisivo Shark Tank ainda há projetos no terreno e a fazer dinheiro. Os tubarões portugueses investiram quase cinco milhões de euros entre as duas temporadas, mas a maioria dos negócios não teve êxito. O programa registou uma forte adesão de potenciais empreendedores, mas a fase de seleção implicava uma triagem fina, que conduziu a que das 1100 candidaturas apenas 250 fossem analisadas. E, no fim, apenas 82 projetos receberam luz verde para apresentarem as suas ideias aos sete tubarões que marcaram presença nos ecrãs da SIC entre março de 2015 e dezembro de 2016.
João Rafael Koehler, Mário Ferreira, Miguel Ribeiro Ferreira, Susana Sequeira, Tim Vieira, Isabel Neves e Marco Galinha foram os tubarões da versão portuguesa do reality show de origem norte-americana. Mas o programa da SIC não teve o êxito do original, que ainda hoje é transmitido na cadeia de televisão ABC, ao fim de dez anos e dez temporadas. Também nem todos os projetos apoiados pelos tubarões portugueses avançaram. É que após a demonstração de interesse havia uma rigorosa avaliação à empresa e ao produto, um escrutínio que passava a pente fino as contas ao fisco, à Segurança Social, os planos de investimento e expansão, as patentes... Muitos ficaram pelo caminho, mas sete são um sucesso.
Empresa tecnológica que seduziu os tubarões João Rafael Koehler e Tim Vieira, que investiram 350 mil euros em troca de 35% do capital. A startup desenvolve soluções baseadas em tecnologia Bluetooth que permitem saber onde estão as chaves do carro ou até o telemóvel. E já tem clientes em mais de 60 países. A última novidade é o Lapa Card, um cartão de sócio inteligente que promete revolucionar o mundo do futebol. O Lapa Card permite armazenar informações das contas, bilhetes e parceiros num único suporte físico.
Uma cozinha sobre rodas que pretende ser uma homenagem à criatividade e ao talento da comida portuguesa. Isabel Tavares é o rosto desta aventura que surgiu no Porto, mas que se desloca a vários eventos pelo país. A empreendedora apostou num negócio de street food, com uma oferta de produtos gourmet confecionados por verdadeiros chefs. Tim Vieira associou-se ao projeto, oferecendo 50 mil euros por 45% da empresa.
Uma ideia que parece simples. Nada mais que uma peça de plástico que junta as meias do mesmo par antes de irem para a máquina de lavar e que se utiliza também para as pôr a secar. É um produto que está à venda nas grandes superfícies comerciais. Este foi um dos primeiros negócios que despertou o instinto de tubarão de João Rafael Koehler. Investiu 15 mil euros e até hoje a empresa continua a dar lucro.
Mais um negócio de comida que tentou os tubarões. Neste caso, foi Tim Vieira que não resistiu aos waffles de Rui Guerra e ofereceu 20 mil euros por 35% do capital da empresa. O segredo da Waffelaria é uma receita própria, confecionada com ingredientes 100% nacionais, artesanais e saudáveis. Claro que o cliente pode sempre acrescentar aquela pitada de chocolate, chantilly ou caramelo. Está em Lisboa e no Porto e dispõe de soluções de franchising.
Projeto dos irmãos Sara e André Sobral, direcionado para acompanhar crianças e jovens após o termo das aulas. Nasceu sob a marca República da Pequenada e conheceu um forte impulso com a entrada do tubarão Mário Ferreira. Sob a designação Kids.i, alarga a sua área de ação, incorporando as áreas de berçário, creche e pré-escolar.
Empresa dedicada ao desenvolvimento de soluções de conversão, valorização e transformação de óleos alimentares em novos produtos. A imagem de marca da Oil 2 Wax é um composto que permite a reutilização de óleos para a produção de velas perfumadas. Chamou a atenção do tubarão Miguel Ferreira que, mais tarde, convidou João Rafael Koehler a integrar o projeto. Fatura cerca de meio milhão de euros por ano.
Foi mais um projeto apoiado por Tim Vieira. A Drivu disponibiliza motoristas particulares para vários tipos de serviço. O ideólogo Rafael Martinho queria 50 mil euros por 25% do negócio, mas acabou por aceitar que Tim Vieira tomasse 50%. A Drivu está a crescer e alargou a sua oferta de serviços. É possível contratar um motorista para o seu próprio carro que o vá buscar e levar ao aeroporto, ou que leve o seu automóvel à inspeção ou à oficina, a uma festa privada ou simplesmente para lavar o carro.