O texto, enviado de Kinshasa, um serviço especial de Leslie O'Connor para o Diário de Notícias, começava assim: "Cerca de quatrocentos indivíduos, entre os quais muitos conhecidos pelas suas atividades antiportuguesas, assaltaram esta manhã a Embaixada de Portugal, destruíram documentos, queimaram mobiliário e agrediram selvaticamente dois diplomatas portugueses e uma dactilógrafa, que depois raptaram." .O tema ocupava maioritariamente a capa desse dia 25 de setembro de 1966. "Assaltada a embaixada de Portugal no Congo." "Brutalidade e irresponsabilidade em Kinshasa (ex. Léopoldville)." "Maltratados e raptados o encarregado de negócios e um secretário e uma dactilógrafa." E continuava: "O edifício da embaixada saqueado"; "Destruíram arquivos e documentos"; "A polícia e os bombeiros só apareceram depois de consumado o assalto"..Só pelos títulos dava para perceber a dimensão do drama vivido naquele dia em África, na embaixada portuguesa, cujo edifício ficou parcialmente destruído por causa das chamas. "Aos gritos contra Portugal", os assaltantes lançaram garrafas com gasolina e subiram ao quarto do encarregado de negócios, que agrediram "barbaramente"..Quando António Ressano Garcia surgiu na rua, já ensanguentado e ferido, foi rodeado pela multidão, que tentou matá-lo. "Um dos manifestantes atirou-lhe gasolina, na intenção de o transformar em archote humano", contava a reportagem..A primeira página do Diário de Notícias dá ainda conta de que o governo português apelou à intervenção das Nações Unidas e atribuiu ao governo congolês a responsabilidade do ataque. Mobutu liderava o país desde 1965, quando derrubou Tshombe através de um golpe.
O texto, enviado de Kinshasa, um serviço especial de Leslie O'Connor para o Diário de Notícias, começava assim: "Cerca de quatrocentos indivíduos, entre os quais muitos conhecidos pelas suas atividades antiportuguesas, assaltaram esta manhã a Embaixada de Portugal, destruíram documentos, queimaram mobiliário e agrediram selvaticamente dois diplomatas portugueses e uma dactilógrafa, que depois raptaram." .O tema ocupava maioritariamente a capa desse dia 25 de setembro de 1966. "Assaltada a embaixada de Portugal no Congo." "Brutalidade e irresponsabilidade em Kinshasa (ex. Léopoldville)." "Maltratados e raptados o encarregado de negócios e um secretário e uma dactilógrafa." E continuava: "O edifício da embaixada saqueado"; "Destruíram arquivos e documentos"; "A polícia e os bombeiros só apareceram depois de consumado o assalto"..Só pelos títulos dava para perceber a dimensão do drama vivido naquele dia em África, na embaixada portuguesa, cujo edifício ficou parcialmente destruído por causa das chamas. "Aos gritos contra Portugal", os assaltantes lançaram garrafas com gasolina e subiram ao quarto do encarregado de negócios, que agrediram "barbaramente"..Quando António Ressano Garcia surgiu na rua, já ensanguentado e ferido, foi rodeado pela multidão, que tentou matá-lo. "Um dos manifestantes atirou-lhe gasolina, na intenção de o transformar em archote humano", contava a reportagem..A primeira página do Diário de Notícias dá ainda conta de que o governo português apelou à intervenção das Nações Unidas e atribuiu ao governo congolês a responsabilidade do ataque. Mobutu liderava o país desde 1965, quando derrubou Tshombe através de um golpe.