Ficou conhecida como a Revolta da Marinha Grande. A 18 de janeiro de 1934, centenas de operários e trabalhadores da Marinha Grande, sob a coordenação de um núcleo da Confederação Inter-Sindical, cortaram as estradas de acesso à vila, linhas telefónicas e o caminho-de-ferro, tendo em seguida avançado para o centro da localidade e ocupado correios, câmara municipal e posto da GNR, sem se terem deparado com qualquer resistência..Esta greve geral foi o primeiro obstáculo colocado a Salazar após a entrada em vigor da Constituição de 1933 e das leis laborais do Estado Novo, que dissolveram sindicatos e proibiram as greves..Esperava-se que a greve tivesse a adesão de zonas operárias em diversos meios urbanos, mas apenas na Marinha Grande a revolta teve um impacto real, ainda que as forças do regime tenham entrado imediatamente em ação e dominado os focos grevistas.."A tentativa de greve revolucionária falhou por completo em todo o país que o senhor ministro do Interior justamente considera um movimento sem finalidade definida e destinado apenas a criar um ambiente terrorista", noticiou o Diário de Notícias no dia seguinte, numa altura em que a imprensa não era livre..Na sequência da implacável repressão das forças policiais e militares do regime, houve uma vaga de rusgas e detenções que abalaram as estruturas sindicais e a oposição política no país. Dois anos depois, quando o regime inaugurou a prisão do Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde, um terço dos reclusos eram os manifestantes na Revolta da Marinha Grande, tendo alguns acabado por morrer lá.
Ficou conhecida como a Revolta da Marinha Grande. A 18 de janeiro de 1934, centenas de operários e trabalhadores da Marinha Grande, sob a coordenação de um núcleo da Confederação Inter-Sindical, cortaram as estradas de acesso à vila, linhas telefónicas e o caminho-de-ferro, tendo em seguida avançado para o centro da localidade e ocupado correios, câmara municipal e posto da GNR, sem se terem deparado com qualquer resistência..Esta greve geral foi o primeiro obstáculo colocado a Salazar após a entrada em vigor da Constituição de 1933 e das leis laborais do Estado Novo, que dissolveram sindicatos e proibiram as greves..Esperava-se que a greve tivesse a adesão de zonas operárias em diversos meios urbanos, mas apenas na Marinha Grande a revolta teve um impacto real, ainda que as forças do regime tenham entrado imediatamente em ação e dominado os focos grevistas.."A tentativa de greve revolucionária falhou por completo em todo o país que o senhor ministro do Interior justamente considera um movimento sem finalidade definida e destinado apenas a criar um ambiente terrorista", noticiou o Diário de Notícias no dia seguinte, numa altura em que a imprensa não era livre..Na sequência da implacável repressão das forças policiais e militares do regime, houve uma vaga de rusgas e detenções que abalaram as estruturas sindicais e a oposição política no país. Dois anos depois, quando o regime inaugurou a prisão do Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde, um terço dos reclusos eram os manifestantes na Revolta da Marinha Grande, tendo alguns acabado por morrer lá.