Mala de dinheiro no Parlamento Europeu e o mundo à espera de Mbappé e Messi

SÁBADO

O dia em que Marrocos destruiu o sonho de Portugal... e de Ronaldo

As lágrimas de Cristiano Ronaldo no fim do Marrocos-Portugal ilustraram bem o desalento de todo o país ao ver o golo de Youssef En-Nesyr acabar com o sonho de chegar pela primeira vez a uma final de um Mundial de futebol - e, quem sabe, sermos campeões do Mundo. Mas se como nação sabemos que dentro de quatro anos voltaremos a poder ver a seleção lutar por um lugar na final, para Ronaldo esta era a última oportunidade para colocar a cereja no topo do bolo de uma carreira cheia de recordes. Falhou. E os media de todo o mundo, desportivos e não só, dividiram-se entre os louvores a Marrocos, primeira seleção de África a chegar tão longe num Mundial, e as especulações sobre o futuro de CR7, neste momento sem clube, após a saída do Manchester United, e protagonista de momentos tensos com o selecionador, Fernando Santos. Fim ou não, Portugal tem muito a agradecer ao melhor do mundo, que ajudou a levar o orgulho nacional aos quatro cantos da Terra. Obrigado, Cristiano!

DOMINGO

Quatro dias de BD, cosplay e cinema. Comic Con volta em 2023

Nem o mau tempo conseguiu dissuadir os fãs de cosplay, banda desenhada e cinema que passaram pelo Altice Arena nos quatro dias da Comic Con. Os convidados nacionais e internacionais - com destaque para Jacob Batalon, que veio a Lisboa para a antestreia da série Reginald The Vampire, Sean Maguire, o Robin Hood de Era Uma Vez, ou Zachary Levi, protagonista de Shazam. Entre perucas coloridas, bancas de merchandising e ativações de marcas, uma das grandes novidades foi o anúncio de que a série portuguesa Pôr-do-Sol vai regressar em 2023 em filme. A própria Comic Con regressa no próximo ano. "Estamos sempre a preparar a edição seguinte. O nosso trabalho é perceber onde podemos melhorar", explicou ao DN Paulo Rocha Cardoso, CEO do evento.

SEGUNDA

Da TV à prisão. Caso Kaili revela corrupção no Parlamento Europeu

Foi com "fúria, raiva e tristeza" que a presidente do Parlamento Europeu (PE), Roberta Metsola, reagiu à detenção, na sexta-feira, da eurodeputada grega e vice-presidente da instituição Eva Kaili, indiciada por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, depois de ter sido detida em flagrante e encontradas na sua casa malas com dinheiro. Kaili (cujo companheiro também está detido) terá recebido subornos do Qatar para defender os interesses do emirado no PE. Um escândalo que veio mostrar a necessidade de reforma do PE, o que Metsola prometeu fazer, garantindo que o caso não será varrido "para debaixo do tapete". Também a presidente da Comissão Europeia defendeu a criação de um mecanismo de ética. Mas, apesar das palavras de Ursula von der Leyen e de Metsola, a verdade é que este caso veio lançar uma mancha sobre as já tantas vezes mal-amadas instituições europeias.

TERÇA

Nova noite de cheias em Lisboa. Desta não será até à próxima?

Desta vez a Proteção Civil até alertou que a noite ia ser de mau tempo e pediu à população para redobrar cuidados e manter-se em casa. Mas uma semana depois, a região da Grande Lisboa voltou a ter uma madrugada de sobressalto, com casas e lojas inundadas, túneis alagados e várias pessoas retiradas das habitações. Alcântara voltou a ser a zona mais afetada na capital, mas desta vez o mau tempo causou estragos noutras zonas do país, com Campo Maior, no Alentejo fortemente atingida. Com a chuva a bater recordes: quatro estações meteorológicas registaram o valor diário de precipitação mais alto desde que há registos (1931). A estação do Instituto Geofísico, com 120,3 milímetros (120 litros por m2) obteve o valor mais alto. E com os especialistas a alertar que estes fenómenos vão ser "mais intensos e persistentes", é preciso que as autoridades desta vez cumpram as promessas e avancem com o plano de drenagem de Lisboa. E que com o regresso do bom tempo, o assunto não volte ao esquecimento. Até à próxima.

QUARTA

Num Mundial de surpresas a final é Argentina-França

Um golo logo aos cinco minutos de jogo, bastante sofrimento e o segundo já depois dos 80" garantiram à França a presença na final do Mundial de Futebol do Qatar. Pelo caminho ficava a equipa sensação da prova, uns Marrocos que eliminaram Portugal nos quartos, fazendo história ao tornarem-se na primeira equipa africana a chegar tão longe na prova, deixando um continente inteiro orgulhoso. Os leões do Atlas ainda têm hipótese de chegar ao pódio se neste sábado vencerem a Croácia no jogo para o 3.º e 4.º lugar. Já na final - um previsível Argentina-França num Mundial de várias surpresas - vamos ver se Messi dá baile aos Bleus ou se é Mbappé e companhia a tirar ao argentino o gostinho de coroar com o título de campeão do Mundo uma carreira em que ganhou quase tudo.

QUINTA

Poesia e cirurgia, os dois amores do novo Prémio Pessoa

Numa lista que já contava com Herberto Hélder e António Ramos Rosa, João Luís Barreto Guimarães tornou-se no terceiro poeta a vencer o prémio Pessoa. Surpreendido pela notícia, o médico nascido no Porto em 1967 confessou sentir "o peso da responsabilidade". E em conversa com a Lusa explicou como "a certa altura já não sei se é o poeta que opera ou se é o cirurgião que escreve". Medicina e poesia, dois mundos que não têm de ter barreiras, apesar de João Luís Barreto Guimarães admitir que competem por tempo na sua vida. O primeiro livro publicou-o aos 22 anos, numa edição de autor, agora a Quetzal, que editou os últimos seis, anunciou que em janeiro sai a sua nova obra Aberto todos os dias. A aventura pelo romance é que parece não o atrair: "Sinto-me cómodo com o poema, nomeadamente o poema curto, que se centra na página, emoldurado por uma moldura branca de silêncio."

SEXTA

Costa, Zelensky, ouvir Horta Osório e os Tesouros do DN

António Costa e a maioria absoluta do PS. Volodymyr Zelensky e a guerra na Ucrânia. As escolhas para acontecimento do ano e figura do ano, nacional e internacional, mostram bem o quão incontornáveis o primeiro-ministro português - e a vitória do PS nas legislativas - e o presidente ucraniano - que se tornou símbolo da resistência do seu povo perante a invasão russa - foram em 2022. O anúncio da escolha da redação do DN marca o arranque das comemorações dos 158 anos do jornal, que nasceu a 29 de dezembro de 1864. Um aniversário que arrancou com a tertúlia Portugal e a Europa em 2023, que teve como convidado António Horta Osório, já eleito o melhor banqueiro do mundo. A partir de hoje - e até 28 de fevereiro - o DN exibe ainda o seu arquivo, considerado Tesouro Nacional, no Museu de Marinha, em Lisboa.

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