Exclusivo Universidades. Máquinas de vendas cheias de doces e quase nenhuma tem fruta

Um estudo da Deco analisou 135 máquinas de comida nas universidades portuguesas. Quase dois terços dos produtos seriam considerados proibidos se nas universidades e politécnicos se aplicassem as mesmas regras que já se usam nos hospitais.

Uma overdose de doces, poucos iogurtes sem adição de açúcar e quase nenhuma fruta. A esmagadora maioria dos produtos disponibilizados nas máquinas de venda das universidades e politécnicos está no extremo oposto das orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS) para uma alimentação saudável e dois terços seriam mesmo considerados proibidos, se fossem analisados à luz da regulamentação para as instituições do Serviço Nacional de Saúde. Este é o cenário arrasador que vai ser traçado nesta segunda-feira pela Deco na apresentação do Relatório Anual do Programa para a Promoção da Alimentação Saudável, no Porto.

O estudo da associação de defesa dos consumidores, realizado em parceria com a Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, analisou 135 máquinas de venda automática em cem instituições de ensino superior de todo o país, num total de 5340 produtos alimentares. E o retrato dificilmente podia ser mais negro: os doces (guloseimas, bolachas, bolos e chocolates) estão presentes em todas as máquinas, os snacks salgados em 61%, enquanto as sandes mais saudáveis apenas estão presentes em 31%, os iogurtes sem adição de açúcar em 8% e a fruta fresca em 3%. Os refrigerantes estão presentes na mesma quantidade que a água: 93%.

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