Orçamento do Estado. Medina assume que taxas Euribor só aliviam a sério em 2026

Novo OE indica que ciclo de descida das taxas de juro até pode começar em meados do ano que vem, mas vai ser muito lento. Pico do impacto das subidas recentes na economia só acontece daqui a um ano.
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As taxas de juro Euribor só vão aliviar a sério em 2026 e daí em diante, assume o Ministério das Finanças (MF) na proposta de Orçamento do Estado para 2024 (OE 2024), entregue ao Parlamento e apresentada esta semana.

A lentidão esperada nos encargos relacionados com os empréstimos é, em boa parte, explicada por uma pausa relativamente longa na descida dos indexantes no segundo semestre de 2025, por exemplo. Nesses seis meses, as taxas vão como que congelar acima dos 3% quando hoje estão na vizinhança dos 4%.

Segundo mostram as hipóteses basilares do novo OE, os mutuários portugueses (os endividados junto do banco) podem contar com um primeiro e muito ligeiro alívio a partir de meados do próximo ano (admitindo que a economia arrefece a sério e a inflação se mantém numa rota descendente), mas essa redução será mesmo paulatina e no final de 2025, admite o governo, as referidas taxas só terão descido o equivalente a 1%.

A nova proposta orçamental do governo de maioria absoluta PS indica que as Euribor, hoje na casa dos 4% (até acima disso, nos 4,2%, no caso da mais usada, a Euribor a 12 meses), devem descer de forma tímida e só a partir de meados do próximo ano. No fim de 2025, essas taxas de referência usadas pelos bancos ainda devem estar acima dos 3%, como referido.

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