Trazer a natureza para dentro de casa
A ComTempo foi criada em 2022 por Mariana Almendra Monteiro, arquiteta, de 43 anos, com trabalho desenvolvido em áreas como a arquitetura de interiores, a reabilitação de edifícios, o artesanato, as antiguidades e as artes, numa" busca por criar ambientes interiores saudáveis, ecológicos e sustentáveis, "onde as pessoas se sintam bem".
"Sou apaixonada pela natureza e pelas corridas em montanha e, durante a pandemia, tendo de ficar em confinamento fechada no meu apartamento em Lisboa, senti-me privada desse ambiente natural. Assim, comecei a "arquitetar" a ideia de trazer a natureza para dentro de casa. Estudei alternativas e encontrei esta, que me pareceu perfeita: os jardins verticais feitos com plantas verdadeiras, preservadas", explica Mariana Almendra Monteiro.
Os jardins verticais permitem aproveitar espaços verticais e embelezá-los com plantas naturais. Utilizam estruturas próprias sujeitas a condições específicas, de rega, luz e substracto. Os elaborados pela ComTempo, cujo atelier fica em Alvalade, na Rua Bulhão Pato. são feitos de plantas verdadeiras preservadas, "que não precisam de qualquer tipo de manutenção, e podem durar mais de 10 anos". "Damos a garantia de dois anos sempre que a instalação seja realizada em ambiente interior, sem sol direto e com a humidade relativa entre 40 a 70%, o ideal e saudável também para o ser humano", garante Mariana. No entanto, alerta a mentora da ComTempo, para assegurar a máxima longevidade dos jardins "os clientes devem respeitar as condições ideais". "Se os jardins sofrerem algum mau-trato, por exemplo o desgaste de estarem num local de passagem ou com muita humidade, asseguramos um serviço de manutenção e substituição de algumas plantas, em condições especiais e de acordo com a situação específica", desenvolve.
Existem, garante a arquiteta, outras características interessantes deste tipo de jardins verticais, como "o facto de serem antiestáticos (não atraírem pó), ecológicos e não tóxicos".
E qual é o perfil das pessoas que os encomendam? "Os dois principais tipos de clientes são o consumidor final, que compra quadros pequenos ou médios para sua casa e para oferecer, e o cliente corporate, normalmente arquitetos ou decoradores, que adquirem jardins para os seus projetos de escritórios e moradias", explica a arquiteta. "Estamos também a sentir um interesse crescente de promotores imobiliários, que querem introduzir fatores distintivos nos seus projetos. Outro segmento de potencial são os operadores de retalho e lojistas, pois encontram nos jardins verticais preservados uma forma de potenciar os seus conceitos de loja ligados à sustentabilidade e produtividade", acrescenta. Os minijardins, aplicados em molduras, têm preços a partir de 24,60 euros. Nos trabalhos de maior dimensão, os preços de referência são por metro quadrado e têm em conta o tipo de plantas e musgos utilizados.