"O governo inglês pediu facilidade nos Açores que foram concedidas pelo governo português", noticiava o Diário de Notícias no dia 13 de outubro de 1943. Na primeira página podia ler-se: "O acordo é de natureza puramente temporária e de modo nenhum prejudica a manutenção da soberania portuguesa sobre o território português.".De acordo com a comunicação feita à Câmara dos Comuns, o governo português adotara "uma política de neutralidade com o fim de evitar que a guerra alastrasse à Península Ibérica". Tendo em conta a antiga aliança, o governo do Reino Unido pediu ao governo português que lhe concedesse "certas facilidades nos Açores", que o habilitariam "a melhor proteger a navegação mercante no Atlântico". E os portugueses aceitaram satisfazer o pedido, através de um acordo temporário.."Todas as forças britânicas serão retiradas dos Açores no fim das hostilidades", lê-se na nota oficiosa publicada na primeira página do DN..Segundo a mesma, o acordo confirmava e fortalecia "as antigas garantias resultantes dos Tratados da Aliança", e era também "uma nova prova da amizade anglo-portuguesa", fornecendo "uma garantia adicional para o desenvolvimento desta amizade no futuro"..Na mesma edição, o DN destacava os prejuízos causados pelo mar em Espinho: "As águas do mar irromperam pelas praias de Espinho e destruíram sete habitações". Mais de 50 pessoas ficaram sem abrigo e 100 abandonaram as suas residências.