Bombas sobre Pearl Harbor. O ataque que abriu a Guerra do Pacífico
De um lado, o imperador japonês Hirohito. Do outro, o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt. Nesta segunda-feira, no dia 8 de dezembro de 1941, o famoso ataque de Pearl Harbor foi destaque na primeira página do DN. "Batalha naval entre forças japonesas e norte-americanas ao largo de Honolulu", anunciava-se.
Há meses que os EUA e o Japão arrastavam negociações diplomáticas. Depois de os EUA terem fechado o canal do Panamá ao comércio japonês e decretado embargo às suas importações como forma de ultimato pelas ações militares e políticas do Japão, a guerra ficou iminente. Apesar de as forças norte-americanas terem sido apanhadas de surpresa, o ataque foi devidamente planeado pelo Japão, que já estava a ocupar parte da China e tinha reiterado controlo sobre a Indochina francesa.
O ataque recebeu o nome da base naval dos EUA Pearl Harbor, no Havai, depois de ter sido atacada pela Marinha Imperial Japonesa, na manhã anterior, dia 7 de dezembro de 1941, numa operação aeronaval. Os bombardeamentos marcaram não só a entrada dos EUA na II Guerra Mundial, como o início da conhecida Guerra do Pacífico.
"Sobre esta cidade voaram pelo menos dois bombardeiros japoneses largando bombas. As operações navais prosseguem", noticiava o DN. Contabilizavam-se "muitas vítimas e grandes prejuízos". Ao todo, o ataque matou cerca de 2400 pessoas, feriu mais de mil, destruiu 21 navios e 347 aviões.