
Ciclone Idai
Rescue Beira: como as redes sociais formaram ONG virtual
Um português criou o Rescue Beira no WhatsApp para descobrir os sobreviventes do ciclone Idai, em Moçambique. Conseguiram contactar todos, mas o grupo não fechou. Cresceu em número de membros e tornou-se um canal privilegiado de troca de informações: necessidades e apoios.
"Existe um pedido de ajuda para contribuir para as chapas de um colégio na Manga [na cidade da Beira] que continua sem funcionar devido ao ciclone." "É privado?" "Não, é público." "Que dados precisa, por favor?" "Sugestão: identificação e contacto do responsável, identificação da escola, orçamento aproximado."
Esta é uma das últimas mensagens no WhatsApp Rescue Beira, criado por Luís Leonor um dia após a passagem do ciclone Idai. Vive na Beira, mas estava em Maputo e sem conseguir contactar a mulher e a filha mais nova. O grupo começou com 15 pessoas e, em 15 dias, multiplicou-se por dez. Deixou de ser a forma de encontrar familiares e amigos, tornou-se um grupo de contacto privilegiado para quem precisa e também para quem quer ajudar.