O Vietname dominava a manchete do Diário de Notícias com a notícia de que o presidente norte-americano Lyndon Johnson havia aceitado negociações com o Vietname do Norte e, ao lado, um artigo de opinião do jornalista do Paris Match Raymond Cartier cujo título, "Obter a paz sem ganhar a guerra", bem podia ser uma mensagem para a situação vivida por Portugal..O encerramento da faculdade deveu-se aos incidentes de 22 de março, quando a faculdade foi ocupada em protesto pela prisão de estudantes que haviam participado numa manifestação contra a guerra do Vietname.."Esta decisão, sem exemplo em França, apresenta espectacularmente à opinião pública o mal-estar que os meios dos estudantes atravessam -- em França como em tantos outros países -- mal-estar de que os incidentes de Nanterre mais não são do que um sintoma", lia-se na primeira página do DN..Assim, a violência entre polícias e estudantes no Quartier Latin, quando os últimos protestavam pelo encerramento da faculdade de Letras de Nanterre, "nos arrabaldes de Paris" teve direito à primeira página, mas hierarquicamente abaixo da guerra do Vietname e colocado ao lado de uma homenagem a Salazar e de uma curiosidade (o desfile militar em Israel contar com tanques soviéticos apreendidos ao Egito na Guerra dos seis dias). Afinal, poucos adivinhariam o que viria a suceder em França naquele mês.
O Vietname dominava a manchete do Diário de Notícias com a notícia de que o presidente norte-americano Lyndon Johnson havia aceitado negociações com o Vietname do Norte e, ao lado, um artigo de opinião do jornalista do Paris Match Raymond Cartier cujo título, "Obter a paz sem ganhar a guerra", bem podia ser uma mensagem para a situação vivida por Portugal..O encerramento da faculdade deveu-se aos incidentes de 22 de março, quando a faculdade foi ocupada em protesto pela prisão de estudantes que haviam participado numa manifestação contra a guerra do Vietname.."Esta decisão, sem exemplo em França, apresenta espectacularmente à opinião pública o mal-estar que os meios dos estudantes atravessam -- em França como em tantos outros países -- mal-estar de que os incidentes de Nanterre mais não são do que um sintoma", lia-se na primeira página do DN..Assim, a violência entre polícias e estudantes no Quartier Latin, quando os últimos protestavam pelo encerramento da faculdade de Letras de Nanterre, "nos arrabaldes de Paris" teve direito à primeira página, mas hierarquicamente abaixo da guerra do Vietname e colocado ao lado de uma homenagem a Salazar e de uma curiosidade (o desfile militar em Israel contar com tanques soviéticos apreendidos ao Egito na Guerra dos seis dias). Afinal, poucos adivinhariam o que viria a suceder em França naquele mês.