Prestação da casa desce em agosto para todos os prazos
A prestação da casa vai voltar a descer em agosto, com a maior descida a ocorrer nos contratos indexados à Euribor a 12 meses, segundo a simulação da Deco/Dinheiro&Direitos.
Segundo as simulações para a Lusa da Deco/Dinheiro&Direitos, um cliente com um empréstimo no valor de 150 mil euros, a 30 anos, indexado à Euribor a 12 meses e com um 'spread' (margem de lucro do banco) de 1%, vai passar a pagar 762,35 euros, uma redução de 56,6 euros face a agosto de 2023.
No que diz respeito aos empréstimos indexados à Euribor a seis meses, a prestação da casa - para as mesmas condições - desce para 772,92 euros, menos 22,4 euros do que em fevereiro.
Por fim, no caso dos contratos indexados à Euribor a três meses, a prestação de agosto, de 776,6 euros, representa uma queda de 18,12 euros em relação a maio.
Estes valores foram calculados tendo por base a média da taxa Euribor em julho, de 3,644% a seis meses, 3,685% a três meses e 3,526% a 12 meses.
A média da Euribor considerada para efeitos de revisão de um empréstimo de taxa variável é a do mês anterior ao da assinatura do contrato de crédito.
Desde o início do ano que as pessoas que têm crédito à habitação estão a registar descidas na prestação mensal, à medida que a data do contrato renova.
As Euribor começaram a recuar antecipando a expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) iniciasse em junho um corte nas suas taxas diretoras, o que veio a verificar-se, em 06 de junho, quando desceu em 25 pontos base as três taxas de juro diretoras.
Na última reunião de política monetária, em 18 de julho, o BCE decidiu manter as taxas de juro.
Assim, a taxa das principais operações de refinanciamento mantém-se em 4,25%, a taxa de facilidade permanente de cedência de liquidez permanece em 4,50% e a de facilidade permanente de depósito em 3,75%.
Taxa de juro dos novos créditos à habitação cai em junho pelo 9.º mês consecutivo
A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação caiu pelo nono mês consecutivo em junho, para 3,68%, mantendo-se abaixo do valor homólogo, informou esta quarta-feira o Banco de Portugal (BdP).
Segundo os dados do supervisor bancário, a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação passou de 3,71% em maio para 3,68% em junho, comparando com 4,2% um ano antes.
Os dados do supervisor bancário apontam que a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação passou de 3,3% em janeiro de 2023 para um máximo de 4,27% em setembro de 2023.
A partir de setembro tem vindo a reduzir-se e fechou o ano nos 4,12%.
Por tipo de negociação, a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,02 pontos percentuais em junho face a maio, para 3,59%, tendo sido o oitavo mês consecutivo com descidas, e contra 4,08% um ano antes.
Por sua vez, a taxa de juro média dos contratos renegociados recuou para 4,03% em junho, que compara com 4,07% em maio e 4,27% no período homólogo.
Segundo os dados do BdP, a prestação média mensal manteve-se em 424 euros pelo terceiro mês consecutivo, num aumento de 33 euros face ao mesmo mês de 2023.
Os dados hoje divulgados pelo regulador bancário acrescentam ainda que a Euribor a seis meses voltou, em junho, a representar a maior fatia do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável.
No mês em análise, a Euribor a seis meses representava 37,5% do total, ultrapassando a Euribor a 12 meses (33,7%), e mantendo-se distante da Euribor a três meses (25,7%).
A taxa fixa foi a escolhida em 4,6% dos novos créditos para a habitação própria permanente, a mista em 78,1% e a variável, que há um ano representava dois terços dos contratos, em junho representou 17,3%.
Quanto às amortizações antecipadas de crédito à habitação, estas representaram em junho 0,82% do 'stock', menos 0,09 pontos percentuais do que no mês anterior
As amortizações antecipadas totais, que incluem os contratos finalizados por amortização da dívida do devedor, consolidação de crédito num novo contrato e as transferências de crédito para outra instituição, representaram 90% das amortizações antecipadas no mês em análise.