Os preços do cacau caíram 45% desde janeiro, após dois anos marcados por máximos históricos, redução que se deveu a projeções de colheitas mais favoráveis na Costa do Marfim e à diminuição da atividade especulativa.Ainda assim, segundo a Coface, "apesar da correção, os preços permanecem duas vezes acima da média registada entre 2012 e 2022 (2.525 dólares - cerca de 2.170 euros - por tonelada)", sinaliza a seguradora em comunicado.Simon Lacoume, economista especializado no setor, afirma, citado em comunicado, que “após dois anos de tensão, a correção atual está a trazer os preços do cacau de volta a níveis mais racionais".É, contudo, "prematuro falar em normalização, uma vez que persistem fragilidades estruturais e uma elevada concentração geográfica da produção de cacau em grão”.Mesmo com a volatilidade, os produtos de chocolate continuam com uma posição 'premium', nota a Coface, sendo que a "procura mundial por chocolate mantém uma trajetória de crescimento, impulsionada pela Ásia e pelos segmentos ‘premium’ [de luxo]"."Produtos éticos, biológicos e com baixo teor de açúcar registam uma adoção crescente, tal como o cacau certificado (Fairtrade, Rainforest Alliance)", sinaliza. .Preço do cacau dispara 178% e traz amargo de boca à Páscoa