Esta sexta-feira serão assinados vários protocolos bilaterais entre Portugal e França, mas fonte oficial do Ministério do Negócios Estrangeiros diz ao DN que “o mais importante é a assinatura do Tratado de Amizade e Cooperação que eleva as nossas relações bilaterais a um patamar de excelência”. Pierre Debourdeau, managing partner da Eurogroup consulting, a viver e a trabalhar em Portugal há muitos anos, e que foi presidente dos Conselheiros do Comércio Exterior de França em Portugal, sublinha a importância do tratado. “A França tem vários níveis de acordos estratégicos com países. Os parceiros mais próximos da França têm um acordo privilegiado de colaboração em várias dimensões, económica, cultural, etc. e, de facto, o que vai ser assinado amanhã entre Portugal e França é um acordo do mais alto nível de proximidade. França tem este tipo de acordo com a Alemanha, com os países históricos da construção europeia, e amanhã vai ser assinado um tratado deste tipo”, diz o consultor. Tratados desta natureza foram assinados com a Alemanha em 1963, com a Itália em 2021, e com Espanha em 2023.Debourdeau, que hoje participa no Fórum Económico Luso-francês, no Palácio da Bolsa, no Porto, no âmbito da visita de Macron a Portugal, aponta para o interesse crescente de empresas francesas por Portugal. “Eu recebi várias chamadas de empresas - não as posso nomear - mas que, através destas visitas, estão interessadas em perceber o mercado, em investir, em ver se há alianças a fazer. Isto, na realidade, é muito, muito virtuoso. Eu, que estou cá há muitos anos, fiquei surpreendido pela positiva, pela intensidade do interesse demonstrado por Portugal”, afirma. O Fórum Económico Luso-francês é organizado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e pela congénere francesa MEDEF - Mouvement des Entreprises de France, e contará com a presença do presidente francês e do primeiro-ministro português. “Há cinco áreas temáticas que nós elegemos como centros estratégicos para reforçar esta cooperação luso-francesa. E são elas as energias renováveis, a mobilidade sustentável, a economia azul, o ecossistema de inovação e a indústria da proteção e segurança”, diz Rafael Alves Rocha, diretor-geral da CIP. O Fórum, garante, vai reunir mais de 100 empresas franceses e mais de 200 portuguesas, "com o intuito de reforçar e consolidar a vertente comercial e de negócios nestas áreas em específico entre Portugal e França". E já amanhã, lembra o responsável da CIP, “vão ser assinados alguns contratos entre empresas portuguesas e francesas, também elas a trabalhar em algumas destas áreas de atividade, nomeadamente da energia e dos transportes”. Um desses contratos será entre a portuguesa Floene (do grupo Galp) e a francesa GRDF, operadoras da rede de distribuição de gás em Portugal e França, para reforço da parceria estratégica para o desenvolvimento de gases renováveis. O responsável da CIP aponta ainda para um contrato que será firmado entre a Compagnie des Signaux (da área da sinalização ferroviária), a Systra Ibérica (infraestruturas de transporte) e a Infraestruturas de Portugal.União de esforços em ÁfricaA CIP também assinará dois protocolos, um com a CCILF (Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa) "para a promoção da cooperação bilateral, para troca de informações e experiências e para a aproximação dos sectores privados de ambos os países", e outro com a CIAN — Conseil Francais des Investisseurs en Afrique, a Fundação Prospetiva e Inovação e o Grémio Literário, "para uma cooperação reforçada entre França e Portugal centrada em África". Essa cooperação será em quatro domínios prioritários: formação profissional e integração de jovens, infraestrutura e urbanização, agronegócio e segurança alimentar e ainda saúde e inovação, adianta a CIP. .França assume a intenção de comprar drones portugueses.Macron em Lisboa com TAP e alta velocidade na agenda
Esta sexta-feira serão assinados vários protocolos bilaterais entre Portugal e França, mas fonte oficial do Ministério do Negócios Estrangeiros diz ao DN que “o mais importante é a assinatura do Tratado de Amizade e Cooperação que eleva as nossas relações bilaterais a um patamar de excelência”. Pierre Debourdeau, managing partner da Eurogroup consulting, a viver e a trabalhar em Portugal há muitos anos, e que foi presidente dos Conselheiros do Comércio Exterior de França em Portugal, sublinha a importância do tratado. “A França tem vários níveis de acordos estratégicos com países. Os parceiros mais próximos da França têm um acordo privilegiado de colaboração em várias dimensões, económica, cultural, etc. e, de facto, o que vai ser assinado amanhã entre Portugal e França é um acordo do mais alto nível de proximidade. França tem este tipo de acordo com a Alemanha, com os países históricos da construção europeia, e amanhã vai ser assinado um tratado deste tipo”, diz o consultor. Tratados desta natureza foram assinados com a Alemanha em 1963, com a Itália em 2021, e com Espanha em 2023.Debourdeau, que hoje participa no Fórum Económico Luso-francês, no Palácio da Bolsa, no Porto, no âmbito da visita de Macron a Portugal, aponta para o interesse crescente de empresas francesas por Portugal. “Eu recebi várias chamadas de empresas - não as posso nomear - mas que, através destas visitas, estão interessadas em perceber o mercado, em investir, em ver se há alianças a fazer. Isto, na realidade, é muito, muito virtuoso. Eu, que estou cá há muitos anos, fiquei surpreendido pela positiva, pela intensidade do interesse demonstrado por Portugal”, afirma. O Fórum Económico Luso-francês é organizado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) e pela congénere francesa MEDEF - Mouvement des Entreprises de France, e contará com a presença do presidente francês e do primeiro-ministro português. “Há cinco áreas temáticas que nós elegemos como centros estratégicos para reforçar esta cooperação luso-francesa. E são elas as energias renováveis, a mobilidade sustentável, a economia azul, o ecossistema de inovação e a indústria da proteção e segurança”, diz Rafael Alves Rocha, diretor-geral da CIP. O Fórum, garante, vai reunir mais de 100 empresas franceses e mais de 200 portuguesas, "com o intuito de reforçar e consolidar a vertente comercial e de negócios nestas áreas em específico entre Portugal e França". E já amanhã, lembra o responsável da CIP, “vão ser assinados alguns contratos entre empresas portuguesas e francesas, também elas a trabalhar em algumas destas áreas de atividade, nomeadamente da energia e dos transportes”. Um desses contratos será entre a portuguesa Floene (do grupo Galp) e a francesa GRDF, operadoras da rede de distribuição de gás em Portugal e França, para reforço da parceria estratégica para o desenvolvimento de gases renováveis. O responsável da CIP aponta ainda para um contrato que será firmado entre a Compagnie des Signaux (da área da sinalização ferroviária), a Systra Ibérica (infraestruturas de transporte) e a Infraestruturas de Portugal.União de esforços em ÁfricaA CIP também assinará dois protocolos, um com a CCILF (Câmara de Comércio e Indústria Luso-Francesa) "para a promoção da cooperação bilateral, para troca de informações e experiências e para a aproximação dos sectores privados de ambos os países", e outro com a CIAN — Conseil Francais des Investisseurs en Afrique, a Fundação Prospetiva e Inovação e o Grémio Literário, "para uma cooperação reforçada entre França e Portugal centrada em África". Essa cooperação será em quatro domínios prioritários: formação profissional e integração de jovens, infraestrutura e urbanização, agronegócio e segurança alimentar e ainda saúde e inovação, adianta a CIP. .França assume a intenção de comprar drones portugueses.Macron em Lisboa com TAP e alta velocidade na agenda