Portugal tinha, no 3.º trimestre de 2024, um total de 5140,9 mil pessoas empregadas, sendo este “o valor mais elevado da série iniciada em 2011”, destaca o Instituto Nacional de Estatística (INE). Em causa está um aumento de 0,8% (mais 41 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 1,2% (mais 59,1 mil trabalhadores) face ao trimestre homólogo. A taxa de emprego situou-se em 56,6%, igual ao valor do 3.º trimestre de 2023 e 0,3 pontos percentuais mais alta comparativamente com o 2.º trimestre de 2024..Os dados são do Inquérito ao Emprego divulgados pelo INE, relativo ao terceiro trimestre de 2024, e que indicam também que a população ativa, estimada em 5475,6 mil pessoas, aumentou 0,8% (43,7 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 1,2% (63,3 mil) relativamente ao homólogo de 2023..Esta evolução refletiu-se na taxa de atividade da população em idade ativa (dos 16 aos 89 anos), refere o INE, que se situou em 60,3%, aumentando 0,3 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre precedente. Manteve-se inalterada relativamente ao trimestre homólogo..Considerando o total da população empregada, 19,8% das pessoas (1020,1 mil) indicaram ter trabalhado em casa. Destes, 25,4% (259,4 mil) fizeram-no sempre, 37% (377,7 mil) fizeram-no regularmente mediante um sistema híbrido que concilia trabalho presencial e em casa, 15,5% (158,1 mil) trabalharam em casa pontualmente. Já 21,6% (220,7 mil) fizeram-no fora do horário de trabalho..“Comparando estas proporções com as do trimestre anterior, destaca-se o decréscimo daqueles cujo trabalho em casa foi realizado fora do horário de trabalho (menos 4,8 p.p.; o que correspondeu a menos 62,3 mil pessoas)”, refere o INE..Entre os que dizem trabalhar regularmente num sistema híbrido, a combinação mais comum foi a que conjuga alguns dias por semana em casa todas as semanas (75,9%; 286,7 mil), tendo sido igualmente a combinação que registou a maior variação trimestral (menos 17,8 mil pessoas) e homóloga (mais 43,1 mil pessoas). Os empregados num sistema híbrido trabalharam em casa, em média, três dias por semana, mostram os dados..Quanto à população desempregada (334,7 mil pessoas), aumentou em 2,7 mil (0,8%) relativamente ao trimestre anterior e 4,2 mil (1,3%) face ao trimestre homólogo. Assim, no final de setembro, 38% da população desempregada encontrava-se nesta condição há 12 e mais meses (desemprego de longa duração), valor inferior em 1,2 p.p. ao do trimestre precedente e superior em 0,9 p.p. ao período homólogo..O desemprego de longa duração teve maior prevalência entre à faixa etária dos 45 aos 54 anos (48,2%) e dos 55 aos 74 anos (60,6%), assim como junto dos que completaram, no máximo, o 3.º ciclo do Ensino Básico (49,6%). Já o desemprego de muito longa duração, ou seja, acima dos 24 meses, representa 59,9% do total do desemprego de longa duração, diminuindo um ponto percentual em relação ao trimestre anterior e 2,9 p.p. relativamente ao mesmo trimestre de 2023..A taxa de desemprego no 3.º trimestre de 2024 situou-se em 6,1%, mantendo-se inalterada em relação aos três meses anteriores e também em comparação com igual período de 2023. Já a taxa de desemprego de jovens (16 a 24 anos) foi estimada em 19,7%, o que representa uma diminuição de 2,3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e de 1,1 pontos face aos mesmos meses do ano passado.