O desemprego de muita longa duração, ou seja, acima de 24 meses, diminuiu.
O desemprego de muita longa duração, ou seja, acima de 24 meses, diminuiu.André Rolo

População empregada em valor máximo desde 2011

Números do INE mostram um aumento de 41 mil pessoas empregadas no 3.º trimestre comparativamente com o anterior. Face ao período homólogo, há mais 59 mil profissionais empregados. Dos desempregados, 38% estão nessa condição há mais de 12 meses.
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Portugal tinha, no 3.º trimestre de 2024, um total de 5140,9 mil pessoas empregadas, sendo este “o valor mais elevado da série iniciada em 2011”, destaca o Instituto Nacional de Estatística (INE). Em causa está um aumento de 0,8% (mais 41 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 1,2% (mais 59,1 mil trabalhadores) face ao trimestre homólogo. A taxa de emprego situou-se em 56,6%, igual ao valor do 3.º trimestre de 2023 e 0,3 pontos percentuais mais alta comparativamente com o 2.º trimestre de 2024.

Os dados são do Inquérito ao Emprego  divulgados pelo INE, relativo ao terceiro trimestre de 2024, e que indicam também que a população ativa, estimada em 5475,6 mil pessoas, aumentou 0,8% (43,7 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 1,2% (63,3 mil) relativamente ao homólogo de 2023.

Esta evolução refletiu-se na taxa de atividade da população em idade ativa (dos 16 aos 89 anos), refere o INE, que se situou em 60,3%, aumentando 0,3 pontos percentuais (p.p.) em relação ao trimestre precedente. Manteve-se inalterada relativamente ao trimestre homólogo.

Considerando o total da população empregada, 19,8% das pessoas (1020,1 mil) indicaram ter trabalhado em casa. Destes, 25,4% (259,4 mil) fizeram-no sempre, 37% (377,7 mil) fizeram-no regularmente mediante um sistema híbrido que concilia trabalho presencial e em casa, 15,5% (158,1 mil) trabalharam em casa pontualmente. Já 21,6% (220,7 mil) fizeram-no fora do horário de trabalho.

“Comparando estas proporções com as do trimestre anterior, destaca-se o decréscimo daqueles cujo trabalho em casa foi realizado fora do horário de trabalho (menos 4,8 p.p.; o que correspondeu a menos 62,3 mil pessoas)”, refere o INE.

Entre os que dizem trabalhar regularmente num sistema híbrido, a combinação mais comum foi a que conjuga alguns dias por semana em casa todas as semanas (75,9%; 286,7 mil), tendo sido igualmente a combinação que registou a maior variação trimestral (menos 17,8 mil pessoas) e homóloga (mais 43,1 mil pessoas). Os empregados num sistema híbrido trabalharam em casa, em média, três dias por semana, mostram os dados.

Quanto à população desempregada (334,7 mil pessoas), aumentou em 2,7 mil (0,8%) relativamente ao trimestre anterior e 4,2 mil (1,3%) face ao trimestre homólogo. Assim, no final de setembro, 38% da população desempregada encontrava-se nesta condição há 12 e mais meses (desemprego de longa duração), valor inferior em 1,2 p.p. ao do trimestre precedente e superior em 0,9 p.p. ao período homólogo.

O desemprego de longa duração teve maior prevalência entre à faixa etária dos 45 aos 54 anos (48,2%) e dos 55 aos 74 anos (60,6%), assim como junto dos que completaram, no máximo, o 3.º ciclo do Ensino Básico (49,6%). Já o desemprego de muito longa duração, ou seja, acima dos 24 meses, representa 59,9% do total do desemprego de longa duração, diminuindo um ponto percentual em relação ao trimestre anterior e 2,9 p.p. relativamente ao mesmo trimestre de 2023.

A taxa de desemprego no 3.º trimestre de 2024 situou-se em 6,1%, mantendo-se inalterada em relação aos três meses anteriores e também em comparação com igual período de 2023. Já a taxa de desemprego de jovens (16 a 24 anos) foi estimada em 19,7%, o que representa uma diminuição de 2,3 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e de 1,1 pontos face aos mesmos meses do ano passado.

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