Plenergy estreou-se em Portugal para vender gasolina até 15% mais barata
A Plenergy chegou a Portugal para vender combustíveis 10 a 15% mais baratos do que a média do mercado. A empresa espanhola, que já explora 304 estações no país de origem, garante que esta proposta resulta apenas de "uma operação eficiente".
"Onde conseguimos reduzir o preço ao consumidor é no investimento no posto e na eficiência interna", explica Tiago Preguiça, diretor de expansão da Plenergy. "O combustível é comprado aos grandes operadores que atuam em Portugal. É um combustível de qualidade e a um preço competitivo", frisa. "Não pomos em causa a qualidade, poupamos na operação", diz ainda.
Com seis postos em funcionamento em terras lusas, o primeiro abriu em dezembro de 2024, a Plenergy prepara-se agora para criar uma rede nacional. Nos planos de expansão, está prevista a abertura de 35 unidades até ao final de 2026. Em cima da mesa, há 50 projetos, em várias fases de desenvolvimento.
Trofa é a localidade onde dentro de mês e meio abrirá a sétima estação Plenergy. Seguir-se-á Loures, Abrantes e Póvoa de Varzim. No total, Tiago Preguiça conta ter 15 postos em operação até ao final do ano. Segundo o responsável, este investimento inicial rondará os 16 a 17 milhões de euros.
A racionalização de custos exige a compra ou arrendamento de parcelas de terrenos mais pequenas do que o habitual na concorrência e uma oferta direcionada apenas para o abastecimento de combustível. Como adianta Tiago Preguiça, os postos não têm loja de conveniência e, com raras exceções, também não oferecem lavagem de automóveis.
"Temos uma operação mais pequena e mais barata no dia a dia" e é isso que permite oferecer um preço na gasolina 95 e gasóleo (simples e aditivado, em ambos os casos) "10 a 15% mais baixo do que o praticado na região onde abrimos um posto", sublinha.
Apesar da atenção aos custos, todas as estações têm funcionários. Há também a possibilidade de terem no futuro carregadores de veículos elétricos.
A aposta da Plenergy em Portugal teve essencialmente em conta dois fatores: o peso significativo do preço dos combustíveis no orçamento familiar dos portugueses e a grande predominância do uso do automóvel no país.
Este processo de internacionalização foi também alavancado na entrada dos fundos Tensile Capital Management e Portobello Capital, que adquiriram a maioria do capital da Plenergy no início do ano passado.
Os novos acionistas vieram dar fôlego financeiro à expansão da rede em Espanha e à sua entrada no mercado português. Segundo Tiago Preguiça, "temos robustez para investimentos com critério, ponderação e estudo".
Como frisa, a Plenergy "está em franco crescimento em Espanha", onde já responde por uma quota de mercado de 7%. "É significativo, até porque a empresa só surgiu em 2015", sublinha. No ano passado, vendeu 1385 milhões de litros de combustível e faturou 1550 milhões de euros, valores para os quais a operação portuguesa pouco contribuiu (a primeira estação abriu a 17 de dezembro de 2024).
Em 2027, a Plenergy ambiciona explorar uma rede de 500 estações de combustível na Península Ibérica.