O presidente executivo da EDP e da EDP Renováveis, Miguel Stilwell d'Andrade.
O presidente executivo da EDP e da EDP Renováveis, Miguel Stilwell d'Andrade.Nuno Veiga / Lusa

Lucro da EDP sobe 21% para 428 milhões de euros no 1.º trimestre

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 6% para 1,4 mil milhões de euros.
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A EDP fechou o primeiro trimestre com lucros de 428 milhões de euros, um aumento de 21% face ao período homólogo, anunciou esta sexta-feira a elétrica.

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) cresceu 6% para 1,4 mil milhões de euros. Excluindo o impacto cambial, sobretudo devido à desvalorização de 13% do Real face ao Euro, registou um crescimento de 8% do lucro operacional, de acordo com o comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Este desempenho é explicado pela empresa liderada por Miguel Stilwell d’Andrade "com a expansão da atividade em termos de capacidade instalada renovável (+13%), eletricidade produzida (+5%) e base de ativos de redes de eletricidade na Península Ibérica (+2%), assim como a subida de preços de eletricidade nos EUA e no mercado Ibérico que mais do que compensou a ausência de ganhos com rotação de ativos no primeiro trimestre deste ano".

Empresa não prevê “impacto material” do apagão nas contas do próximo trimestre

O presidente executivo da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, não prevê “impacto material” nos resultados do segundo trimestre devido ao apagão.

Apesar de ainda não ter uma estimativa final do impacto do corte generalizado no abastecimento elétrico, em 28 de abril, e que nos dias seguintes obrigou a gestora das redes nacionais (REN) a cortar as importações de Espanha, o responsável não acredita que terá grandes consequências nos resultados da elétrica.

“Com base nas informações de que dispomos, não esperamos que isso tenha qualquer impacto material” nas contas, disse esta sexta-feira o gestor em resposta a perguntas de analistas durante a conferência telefónica no âmbito da apresentação dos resultados do primeiro trimestre da EDP. 

“Hoje, ainda não temos uma estimativa do impacto, mas provavelmente dividi-lo-ia em duas partes: o dia do apagão, em que não houve energia, e a divisão do mercado, nos dias em que não houve importações de Espanha. Mas agora já existe um fluxo de energia entre os dois países e esperamos que esta situação esteja normalizada nos próximos dias”, sustentou.

A capacidade de interligação entre Portugal e Espanha foi retomada na quinta-feira, 07 de maio, mas limitada a 1.000 MW no sentido importador pelo menos até segunda-feira, 12 de maio, segundo um aviso publicado na página da REN - Redes Energéticas Nacionais.

Desde o apagão elétrico de 28 de abril que Portugal não importava eletricidade de Espanha, medida adotada no âmbito do processo de estabilização do sistema elétrico.

Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou na segunda-feira, durante cerca de 10 a 11 horas, Portugal e Espanha, bem como uma parte do território de França.

Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do apagão.

A Rede Europeia de Gestores de Redes de Transporte de Eletricidade anunciou a criação de um comité para investigar as causas deste apagão, que classificou como “excecional e grave”, e que deixou Portugal e Espanha às escuras.

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