INE confirma que inflação desacelerou para 2,4% em fevereiro

INE confirma que inflação desacelerou para 2,4% em fevereiro

Ainda de acordo com o Instituto Nacional de Estatística, as exportações subiram 11,7% e as importações 8,4% em janeiro.
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A taxa de inflação homóloga foi de 2,4% em fevereiro, menos 0,1 pontos percentuais do que em janeiro, confirmou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Com arredondamento a uma casa decimal, a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) de fevereiro avançada pelo INE coincide com o valor da estimativa rápida divulgada pelo instituto em 28 de fevereiro passado.

Já o indicador de inflação subjacente, que exclui produtos mais voláteis, como alimentos e energia, registou uma variação homóloga de 2,5% em fevereiro, 0,2 pontos percentuais abaixo da do mês anterior (2,7%).

Analisando os indicadores que compõem o IPC, verifica-se que a variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu de 2,4% em janeiro para 1,5% em fevereiro, enquanto a do índice referente aos produtos alimentares não transformados aumentou para 2,4% (1,8% em janeiro).

Já por classes de despesa e face ao mês anterior, o INE destaca as diminuições das taxas de variação homóloga das "comunicações" e dos "transportes", com variações de 0,3% e 1,3% respetivamente (5,5% e 2,4% em janeiro).

Em sentido oposto, assinala os aumentos do "vestuário e calçado" e das "bebidas alcoólicas e tabaco", com variações de 2,4% e 3,4% respetivamente (0,5% e 2,8% no mês anterior).

Em fevereiro, nas classes com maiores contribuições positivas para a variação homóloga do IPC, destacam-se a dos "restaurantes e hotéis", a dos "bens alimentares e bebidas não alcoólicas" e da "habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis".

Pelo contrário, a única classe com contribuição negativa foi a dos "acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação".

Na comparação em cadeia, a variação do IPC foi de -0,1%, (-0,5% no mês precedente e nula em fevereiro de 2024), enquanto a variação média dos últimos 12 meses foi 2,5% (2,4% no mês anterior).

Quanto ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite a comparação entre países europeus, apresentou uma variação homóloga de 2,5% em fevereiro, taxa inferior em 0,2 pontos percentuais do mês anterior e superior em 0,1 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a área do Euro (em janeiro, esta diferença foi de 0,2 pontos percentuais).

O IHPC registou uma variação mensal de -0,1% (-0,6% no mês anterior e 0,2% em fevereiro de 2024) e uma variação média dos últimos 12 meses de 2,7% (valor idêntico no mês precedente).

Exportações sobem 11,7% e importações 8,4% em janeiro

As exportações e as importações aumentaram 11,7% e 8,4% em janeiro, respetivamente, em termos nominais e face ao período homólogo, segundo o INE.

Em dezembro de 2024, as exportações tinham registado um recuo de 2,3%, enquanto as importações tinham aumentado 4,6%.

Excluindo combustíveis e lubrificantes, registou-se um acréscimo de 13,4% nas exportações (-0,9%, em dezembro de 2024) e um aumento de 9,5% nas importações (+2,5% em dezembro de 2024).

Produção na construção desacelera em janeiro para 2,1%

O INE revela ainda que o índice de produção na construção aumentou 2,1% em janeiro deste ano, uma variação inferior em 2,5 pontos percentuais (p.p.) à observada no mês anterior.

Segundo o INE, ambos os segmentos, "construção de edifícios" e "engenharia civil", apresentaram "piores desempenhos" do que no mês precedente.

Assim, a "construção de edifícios aumentou 4,2%, taxa 1,9 p.p. inferior à registada em dezembro", sendo que a "engenharia civil passou de um crescimento de 2,1% no mês anterior, para -1,0% no mês em análise".

O INE destacou ainda que, em janeiro, "os índices de emprego e de remunerações abrandaram 0,9 p.p. e 2,4 p.p., para crescimentos homólogos de 2,4 e 10,0% (variações de 3,3% e 12,7% em dezembro de 2024)".

Por sua vez, a "variação mensal do índice de emprego foi 0,4% (1,2% em janeiro de 2024), enquanto a das remunerações se situou em -18,6% (-16,6% no mesmo mês de 2024)".

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