Se começou a trabalhar ou recebeu rendimentos em 2024, deve declarar o IRS pela primeira vez em 2025.
Se começou a trabalhar ou recebeu rendimentos em 2024, deve declarar o IRS pela primeira vez em 2025. Unsplash

Guia completo para a entrega do IRS: O que precisa de saber em 2025

Começa esta terça-feira o prazo de entrega do IRS relativo a 2024. Com a ajuda do ComparaJá, parceiro do DN&Dinheiro Vivo para temas de Finanças Pessoais, trazemos-lhe o essencial para este período
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A época de entrega do IRS 2025 inicia esta terça-feira e, para evitar surpresas desagradáveis, é essencial estar bem informado sobre prazos, documentos necessários e possíveis deduções fiscais. Neste artigo, o ComparaJá.pt explica tudo de forma clara e simples, para que possa submeter a sua declaração sem complicações e, se aplicável, maximizar o seu reembolso.

Quais os prazos de entrega do IRS em 2025?

A Autoridade Tributária já divulgou os prazos para a entrega dos rendimentos referentes a 2024:

  • De 1 de abril a 30 de junho de 2025 – submissão da declaração de IRS, independentemente da categoria de rendimentos.

  • Até 31 de julho de 2025 – data limite para reembolso do IRS, caso tenha direito.

  • Até 31 de agosto de 2025 – último dia para pagamento do imposto, se aplicável.

Para evitar atrasos ou erros, recomenda-se que os contribuintes comecem a reunir a documentação necessária com antecedência.

Quem deve entregar o IRS?

Todos os contribuintes que tenham tido rendimentos em 2024 devem verificar se estão obrigados a entregar a declaração. Na maioria dos casos, terá de entregar a sua declaração IRS. No entanto, há algumas exceções:

  • Quem recebeu apenas rendimentos tributados exclusivamente na fonte e que não necessitam de ser declarados;

  • Pensionistas cujo rendimento anual seja inferior a 8.500 euros;

  • Quem obteve apenas rendimentos de trabalho dependente ou pensões até 8.500 euros, desde que não tenha feito retenção na fonte.

Quais os passos para submeter o IRS?

  1. Reunir os documentos necessários: Tenha consigo o NIF, recibos de despesas dedutíveis, comprovativos de rendimentos e outros documentos relevantes.

  2. Verificar as deduções fiscais: Despesas de saúde, educação, lares, rendas e outras podem reduzir o valor a pagar.

  3. Aceder ao Portal das Finanças: A submissão é feita exclusivamente online, através da sua conta pessoal.

  4. Confirmar a declaração automática (se aplicável): Se estiver abrangido pelo IRS automático, apenas precisa de verificar e validar os dados.

  5. Simular o seu IRS: Antes de submeter, faça simulações para perceber qual o cenário mais vantajoso.

  6. Submeter e guardar comprovativo: Após enviar, guarde o comprovativo de entrega para eventuais necessidades futuras.

Que deduções e benefícios fiscais devo ter em conta?

Aproveitar as deduções pode fazer uma grande diferença no valor final do seu IRS. Algumas das principais são:

  • Saúde – Dedução de 15% das despesas de saúde com IVA a 6%.

  • Educação – 30% das despesas escolares são dedutíveis.

  • Habitação – Juros do crédito habitação e rendas podem ser abatidos ao IRS, mediante algumas limitações.

  • Lares – 25% das despesas com lares são dedutíveis.

  • Encargos gerais familiares – Valor fixo de 250 euros por contribuinte.

  • PPR (Planos Poupança Reforma) – Permitem uma dedução até 20% dos valores aplicados.

Se fez doações a instituições de solidariedade social, também pode beneficiar de deduções fiscais adicionais.

IRS Automático: Estou abrangido?

O IRS automático está disponível para contribuintes que apenas tenham rendimentos de trabalho dependente ou pensões, desde que não tenham outras situações que exijam a entrega manual. Neste caso, basta confirmar os dados e submeter.

Quem pede IRS Jovem este ano, ainda não terá acesso ao IRS Automático, embora se espere que para o ano já possa fazê-lo. Se estiver abrangido, mas notar erros nos valores pré-preenchidos, deve corrigir manualmente antes de validar a submissão.

Como garantir o melhor reembolso?

  • Confirme que todas as faturas foram validadas no e-Fatura.

  • Escolha o regime de tributação mais vantajoso: Separado ou conjunto, consoante a sua situação familiar. Vale a pena fazer várias simulações para perceber qual o melhor cenário e decidir antes de submeter a declaração.

  • Simule diferentes cenários no Portal das Finanças ou utilize ferramentas como o ComparaJá, que o ajudam a perceber qual a melhor opção para o seu caso.

  • Aproveite benefícios fiscais: Se investiu em PPR, Certificados de Reforma ou seguros de saúde, pode ter deduções adicionais. Peça todos os comprovativos junto das entidades com as quais fez o investimento para declarar corretamente os valores

O que acontece se não entregar o IRS a tempo?

Caso não entregue a sua declaração de IRS dentro do prazo estipulado, poderá estar sujeito a:

  • Multas que variam entre 150 e 3.750 euros, dependendo do atraso e da gravidade da infração.

  • Juros de mora sobre o imposto em falta.

  • Perda de benefícios fiscais, como deduções e reembolsos.

Se se atrasar, submeta a declaração o mais rapidamente possível para minimizar penalizações.

A entrega do IRS pode parecer complicada, mas com a preparação certa pode ser simples e rápida. O ComparaJá está aqui para o ajudar a encontrar as melhores soluções financeiras e a otimizar o seu orçamento.

Se precisar de mais informações, consulte o nosso Guia Gratuito do IRS 2025, disponível aqui.

Poupe tempo e dinheiro, garantindo que faz as melhores escolhas para o seu IRS este ano!

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