Trabalhadores não qualificados representam quase 30% dos desempregados inscritos nos Centros de Emprego
Trabalhadores não qualificados representam quase 30% dos desempregados inscritos nos Centros de EmpregoFoto: Paulo Spranger

Desempregados inscritos nos centros de emprego aumentaram 1,5% em março

No total, eram 329.521 pessoas, mais 4905 do que em igual mês de 2024. Também o número de beneficiários das prestações de desemprego subiu 4,9% face ao período homólogo.
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O número total de desempregados registados nos Centros de Emprego do IEFP era de 329.521, no final de março, o que representa um aumento de 4905 pessoas correspondentes a mais 1,5% face a igual mês de 2024. Comparativamente a fevereiro, houve uma descida de 2,7%. Também o número de beneficiários de prestações de desemprego subiu 4,9% em março, em termos homólogos, totalizando 204.937, mas recuou 3,2% relativamente ao máximo de três anos atingido em fevereiro.

Estes são dados do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e mostram que as prestações de desemprego são maioritariamente requeridas por mulheres. No caso específico do subsídio de desemprego, havia em março 163.371 beneficiários, o que representa uma diminuição de 2,1% (menos 3465 pessoas) face a fevereiro. Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, houve um aumento de 10163 subsídios processados, o que representa um crescimento de 6,6%. O valor médio mensal do subsídio de desemprego foi, em março, de 689,72 euros, um aumento homólogo de 7,7%.

Por tipo de prestação, o número de beneficiários do subsídio social de desemprego inicial caiu 3,6% comparativamente a março de 2024, correspondendo a menos 402 subsídios processados. Já o subsídio social de desemprego subsequente abrangia, em março, 21672 beneficiários, o que corresponde a uma redução homóloga de 2,4%.

Os dados da síntese do GEP mostram, ainda, que, em março, havia 5612 situações de trabalhadores em lay-off com compensação retributiva, número que representa um ligeiro acréscimo, de 0,9% referente a 50 novas prestações, face a fevereiro, mas corresponde, em termos homólogos, a um decréscimo de quase 48%.

Redução de horário de trabalho cai

O regime de redução de horário de trabalho abrangeu 3494 pessoas, um recuo de 43,4% (menos 2676 prestações processadas) face a março de 2024 e o regime de suspensão temporária teve uma redução homóloga de 53,9% (menos 2.478 processamentos), totalizando em março os 2118 casos. Diz o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social que estas prestações foram processadas a 355 entidades empregadoras, o que representa uma redução de 278 entidades comparativamente a igual mês do ano passado.

Já os números também ontem divulgados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional mostram que, com exceção dos Açores e da Madeira, o desemprego aumentou, em termos homólogos, em todo o país, com o Algarve a registar o crescimento mais expressivo, de 6,5%. Em cadeia, os dados mostram uma diminuição em todas as regiões, face a fevereiro, tendo a redução global do desemprego sido de 2,7%. O número de casais com ambos os elementos desempregados baixou para 5007, uma descida de 0,5% em termos homólogos.

Em termos de grupos profissionais, os trabalhadores não qualificados representam quase 30% dos desempregados, seguidos dos ‘trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção, segurança e vendedores’ (20,5%), do ‘pessoal administrativo’ (10,6%) e dos ‘especialistas das atividades intelectuais e científicas’ (10,1%).

Quanto à atividade económica de origem do desemprego, refere o IEFP que dos 287.693 desempregados que, no final de março, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, mais de 72% tinham trabalhado em atividades do setor dos Serviços, com especial destaque para as ‘Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio, que representam 30,4% deste universo.

O setor secundário é a origem de quase 21% dos inscritos, com relevo especial para a Construção (6,4%). Por fim, 4,9% dos desempregados são do setor agrícola.

Apesar do aumento do desemprego, havia, no final de março, 15.453 ofertas de emprego por satisfazer, um número que é superior ao período homólogo em quase 30%.

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