Concorrência na banca alivia critérios nos empréstimos à habitação
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Concorrência na banca alivia critérios nos empréstimos à habitação

Bancos vão manter política menos restritiva no crédito à habitação ao longo do ano. Spreads vão descer ligeiramente.
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A banca prevê para este primeiro trimestre de 2025 um "aumento da procura" de crédito para aquisição de habitação. Ao longo do ano, os critérios para concessão de empréstimos deverão ser "ligeiramente menos restritivos" e deverá verificar-se uma "ligeira redução de spreads", revela o "Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito", divulgado esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

Já nos últimos três meses de 2024, os critérios de concessão de empréstimos a particulares para a compra de casa ficaram "ligeiramente menos restritivos" quando comparado com o trimestre anterior, devido à concorrência entre instituições bancárias , diz o Banco de Portugal, no referido documento.

Nesse período, verificou-se uma ligeira diminuição da taxa de juro nos empréstimos para aquisição de casa, a que acresceu ainda uma ligeira diminuição do spread nos empréstimos de risco médio, revelou o "Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito", realizado pelo BdP.

Este enquadramento, repercutiu-se num aumento da procura de crédito na reta final de 2024, impulsionado pelas taxas de juro e, em menor grau, por um ambiente de maior confiança dos consumidores. O regime regulamentar e fiscal do mercado da habitação contribuíram também para o aumento da procura neste segmento, revela o documento.

PME sob atenção

O inquérito do BdP revela que os critérios de concessão de crédito às empresas se mantiveram quase inalterados no quarto trimestre de 2024, mas apresentaram-se "ligeiramente mais restritivos para PME". 

Segundo o documento, "os riscos associados à situação e perspectivas de empresas ou setores de atividade específicos e a tolerância a riscos contribuíram ligeiramente para o aumento da restritividade".

As empresas também beneficiaram de ligeira redução da taxa de juro praticada nos empréstimos (transversal à dimensão da empresa), a que se deveu uma maior concorrência entre instituições bancárias.

A banca registou uma diminuição na procura de crédito por empresas, que optaram por recorrer à geração interna de fundos como fonte de financiamento.

No segmento das PME, as taxas de juro, o refinanciamento/reestruturação e a renegociação da dívida e o financiamento do investimento contribuíram ligeiramente para o aumento da procura.

Segundo estimativas do inquérito, nestes primeiros três meses de 2025, as PME deverão aumentar a procura de empréstimos, e principalmente de longo prazo. 

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