António Mota condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique
Rui Ochoa / Presidência da Repúbica

António Mota condecorado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique

Marcelo Rebelo de Sousa homenageou assim o gestor do grupo Mota-Engil nos últimos 30 anos e o seu contributo para a expansão da cultura e do conhecimento de Portugal no mundo.
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O Presidente da República condecorou António Mota, anterior presidente executivo do grupo Mota-Engil, com as insígnias da Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

A cerimónia, realizada na terça-feira, dia 3 de junho, decorreu no Palácio de Belém. O momento, no qual António Mota esteve acompanhado da família mais próxima, foi dado a conhecer na página oficial da Presidência da República.

A Ordem do Infante D. Henrique "destina-se a distinguir quem houver prestado serviços relevantes a Portugal, no País e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores".

António Manuel Queirós Vasconcelos da Mota nasceu em Amarante, em 1954. Licenciou-se em Engenharia Civil pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e integrou, em 1976, como estagiário, a empresa Mota & Companhia, que o seu pai fundou em 1946 e que começou logo por abrir uma sucursal em Angola nesse mesmo ano.

Em 1981, e após trabalhar em diversas direções operacionais da construtora, assumiu a direção geral da companhia. De 1987 a 1995 foi vice-presidente executivo e a partir de setembro desse ano assumiu a presidência da empresa.

Foi neste período que a Mota & Companhia se transformou numa sociedade anónima, com posterior dispersão de parte do seu capital social e admissão à Bolsa de Valores. Comprou diversas construtoras, designadamente a Empreitadas Adriano, a Gerco-Sociedade de Engenharia Eletrotécnica e a Ferrovias e Construções, continuando a expansão do grupo em especial no continente africano, com presenças na Namíbia, Malawi, Moçambique ou Cabo Verde, países de grande aposta até à atualidade.

Em 2000, e após concluir com sucesso a oferta pública de aquisição sobre a totalidade do capital da Engil, criou o grupo Mota-Engil a que presidiu até janeiro de 2023, altura em que 'passou a pasta' à terceira geração, entregando a liderança ao sobrinho Carlos Mota Santos e ao filho Manuel Mota, respetivamente CEO e vice-CEO do grupo.

Em abril de 2025, comunicou a renúncia ao cargo de vice-presidente. A Mota-Engil teve em 2024 o seu melhor resultado de sempre, com lucros de 123 milhões, um volume de negócios de 5.951 milhões e uma carteira de encomendas recorde de 15,6 mil milhões de euros.

Com mais de 51 mil trabalhadores de 90 nacionalidades, a Mota-Engil está hoje presente em 21 países, da Europa, África e América Latina.

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