Dívidas às empresas chega aos 312 mil milhões na Europa

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As dívidas às empresas europeias aumentaram 2,7% em 2010, para 312 mil milhões de euros, anunciou hoje a Intrum Justitia, num comunicado enviado à imprensa.

De acordo com o relatório hoje divulgado, dos vários sectores de actividade afectados por esta realidade, os mais penalizados são os profissionais liberais (advogados, projectistas, designers e arquitectos), a área da construção, da educação e dos serviços financeiros.

"O nosso estudo indica que o cenário vai piorar. Os serviços profissionais, por exemplo, são frequentemente atingidos por cortes nos orçamentos dos seus clientes, e esta situação está a verificar-se actualmente. Alguns sectores mostram-nos mesmo que vão ter um aumento da dívida no próximo ano", repara o director-geral da Intrum Justitia, Luís Salvaterra.

"A pressão sobre as empresas e sobre o Estado para implementação de uma rápida cobrança, nunca foi tão forte como a que é exercida hoje em dia. Por isso mesmo, a adoção de melhores práticas e a gestão de crédito nunca foram tão cruciais", defende Luis Salvaterra, director geral da Intrum Justitia Portugal.

No caso das profissões liberais, mais de 50% das facturas são pagas fora dos prazos e os atrasos nos pagamentos são superiores no sector público. O mesmo se passa na indústria transformadora, onde os maiores atrasos de pagamento se verificam no sector público, com um atraso médio de 36 dias, mas que em alguns casos pode ir até 180 dias.

Na construção, cerca de 54% das facturas são pagas fora dos prazos, na educação são cerca de 40% e nas empresas de media, os atrasos abrangem 49% dos pagamentos.

No retalho notam-se melhorias e já há mais facturas a serem pagas em 30 dias, embora haja uma média de 18 dias de atraso para o pagamento no sector público. O mesmo se passa nas utilities (gás, água e eletricidade) em que o atraso se situa entre os nove e os 14 dias.

Na sáude, onde também 50% das facturas não são pagas no tempo definido, os atrasos de pagamento são de 20 dias para os consumidores e de 30 dias para o sector público.

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