O Chief Financial Officer (CFO) da TAP, Gonçalo Pires, considera que a indemnização de 500 mil euros pagas a Alexandra Reis, aquando da sua saída da companhia, teve "cabimento orçamental". O responsável financeiro justificou com o facto de a companhia aérea ter, em fevereiro de 2022, altura em que a administradora saiu da companhia, uma dotação de 2,3 milhões de euros prevista para indemnizações não previstas..Gonçalo Pires, que está esta quinta-feira, 30, a ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito à Tutela Política da Gestão da TAP (CPI) adiantou aos deputados que foi constituída uma provisão de reestruturação no final de 2020 "que enquadrava todas as saídas de muitas pessoas". "No final de 2020 esta provisão tinha uma dotação de 93 milhões de euros e, em 2021, o valor era de 37 milhões de euros - existindo indemnizações que já estão previstas e um montante para indemnizações para saídas não previstas", esclareceu..Apesar da situação financeira frágil da TAP, que está a cumprir um plano de reestruturação que impôs cortes salariais e despedimentos, o CFO adiantou que em fevereiro de 2022 a provisão tinha um fundo de 27 milhões de euros sendo que uma fatia de 2,3 milhões de euros estava destinada às indemnizações não previstas, como foi o caso de Alexandra Reis. "Tinha cabimento orçamental [a indemnização], se tem cabimento orçamental a tesouraria aprova", assegurou, garantindo que existe uma equipa que "controla o orçamento"..As audições da CPI à TAP arrancaram ontem com a estreia do inspetor-geral das Finanças, António Ferreira dos Santos, o primeiro a ser ouvido pelos deputados, numa lista de 60 nomes que passarão pelo Parlamento durante as próximas semanas. Gonçalo Pires é o segundo inquirido e, na próxima semana, será a vez da CEO Christine Ourmières Widener e de Alexandra Reis..Leia mais em Dinheiro Vivo a sua marca de economia