A 30 de janeiro haverá eleições. Qual seria para si o governo ideal para o país? O governo ideal para Portugal será aquele que conseguir governar com maioria, focado não no próximo ciclo eleitoral, mas sim em construir um futuro sustentável para o país. É, por isso, necessário endereçar, com seriedade, os verdadeiros motivos que nos têm atrasado. Isso passa por repensar o sector público, aumentar a sua excelência e rigor bem como acelerar a transformação digital que permitirá a sua modernização e otimização. De igual forma, é fundamental criar as condições necessárias para que o sector privado se possa fortalecer, ajudando-o através de uma lei laboral mais flexível e uma lei fiscal estável que permita às empresas poderem prosperar e investir no seu futuro. Por outro lado, é fundamental alterar as mentalidades criando uma cultura de exigência, rigor e profissionalismo, reduzindo a aversão ao risco por forma a fomentar a competitividade do país..De que forma poderá o país voltar a colocar a economia na rota de crescimento? É necessário implementar uma estratégia que promova a competitividade da nossa economia. Para isso é urgente criar uma cultura empresarial, quer no sector privado como no público, de exigência, excelência e rigor. O sector privado necessita de se robustecer e de poder ser saudável de forma autónoma e independente. A reformulação de leis fiscais, laborais e do sistema judicial são também cruciais para garantir essa competitividade, essa robustez e a confiança necessárias para a manutenção dos investimentos. Portugal necessita de identificar áreas onde se pode assumir como uma alternativa competitiva e de qualidade a nível mundial. Já somos uma referência no ecossistema de inovação graças a um elevado número de unicórnios e à performance do nossos fundos de investimento. Necessitamos também de investir em áreas tecnológicas como a cibersegurança, a web 3.0, a AI. Para isso, além das reformulações acima referidas, é fundamental repensar a abordagem ao ensino, mais perto do sector empresarial e das necessidades que um mundo em constante mudança assim exige. Porém, não devemos apostar apenas em áreas tecnológicas, deveríamos motivar as pessoas fora do mercado de trabalho a repensarem as suas opções profissionais e a apostarem também em áreas onde existe uma carência enorme de talento como as relacionadas com a saúde, num mundo onde a longevidade é cada vez maior e acarreta necessidades crescentes em termos de serviços de saúde..Salário mínimo na perspetiva de um empresário: é um desafio ou uma oportunidade? Vai ajudar ou desajudar o país? Mais do que discutir o salário mínimo, é fundamental garantir o aumento do rendimento disponível de todas as famílias, o que fomenta a economia e retém os investimentos e o talento em Portugal. Isto passa, por exemplo, por repensar a política fiscal, laboral e a competitividade das empresas para que possam ter uma sustentabilidade financeira que acomode salários mais elevados. Este aumento do rendimento disponível de todas as famílias criará também condições para promover investimentos no tecido empresarial e uma economia mais robusta..Indústria: o que pode ajudar a nação a criar mais "capitães da indústria" em 2022? A pandemia realçou a importância da existência de uma indústria forte, local e sustentável financeiramente e em termos ambientais. É urgente criar condições favoráveis a que esta indústria ainda existente no nosso país não saia de Portugal. Aspectos já referidos como a competitividade, a lei laboral, a política fiscal e a sua estabilidade, a reforma da justiça são críticos para manter e fortalecer essa indústria bem como para atrair investimentos que garantam a sua sustentabilidade. Estes investimentos são também muito necessários para garantir a transformação digital da nossa indústria que aumenta a sua competitividade e as condições para uma maior exportação. O mundo está aberto a uma deslocalização da indústria das regiões onde tradicionalmente se concentrava a capacidade produtiva a nível mundial e Portugal, com tradição a este nível, deveria aproveitar esta fase e assumir a sua qualidade e presença..Tecnologia: o que esperar em 2022? A nível mundial assistimos a um acelerar da web 3.0 que alterará o paradigma dos negócios bem como das organizações e da guerra pelo talento. A maior parte das pessoas reduz a web 3.0 ao fenómeno especulativo das cripto currencies, porém, este é um salto tecnológico muito mais abrangente. Este, nomeadamente a tecnologia de blockchain, assenta em valores de transparência e verificação, numa comunidade inclusiva e orgânica e na ownership e desintermediação da economia. No entanto, este novo salto tecnológico, que já é uma realidade, acontece num mundo onde ainda há muitas empresas que demoram em acelerar o seu processo de transformação tecnológica e a implementação de estratégias de dados que lhes permitam maximizar o valor do seu negócio e dos seus clientes. Em 2022 continuará a existir uma aposta na tecnologia a duas velocidades. Por um lado, a continuação e esperemos aceleração, dos processos de transformação digital que permitem transformar os negócios, aumentar as eficiências das operações, maximizar o valor dos dados, melhorar a experiência dos clientes e potenciar a colaboração e produtividade dentro das empresas. Por outro, uma crescente aposta em novas tecnologias ainda não massificadas e das quais os negócios já deveriam estar a beneficiar em pleno (analytics, AI, Machine Learning, cybersecurity, blockchain, entre outras). Este será um ano em que, a nível global, veremos uma maior aposta na web 3.0, começando a ser visível a sua aplicação ao mundo real e aos benefícios que daí adveem..Energia: vão as tensões geopoliticas agudizar-se? E porquê? A energia tem sido fonte de tensões geopolíticas ao longo dos tempos. Vivemos num mundo cada vez mais híbrido, onde a coexistência de tipos de energia diversos e complementares é uma realidade. Quanto maior dependência das energias renováveis, de produção mais local, menor o impacto das tensões geopolíticas. Deverá ser uma prioridade dos Governos criar condições para a aceleração da transição energética garantindo, por exemplo, a existência de infraestruturas, licenciamentos mais ágeis ou mesmo uma estabilidade legislativa e regulamentar que atraia investimentos..A natalidade é um dos desafios nacionais. Que medida(s) poderá o novo governo implementar para colmatar a falta de nascimentos? É premente pensar em incentivos às famílias (redução da carga fiscal, prémios de natalidade, mais apoios a famílias numerosas) que permitam aumentar a riqueza disponível bem como criar condições de maior flexibilidade. A reforma da política fiscal, como referida diversas vezes neste texto, terá também elevados impactos positivos na natalidade. É crítico combater o envelhecimento da pirâmide populacional implementando incentivos aos jovens para evitar que emigrem. O talento português é reconhecido mundialmente e, quer pelos benefícios para o desenvolvimento económico, quer pelos benefícios em termos de pirâmide populacional, deve ser mantido..Alterações climáticas: que contributo irá dar para colmatar esses efeitos? Todos podemos, de forma individual e fácil, impactar positivamente o futuro do nosso planeta. Além das iniciativas mais comuns (reciclagem e alteração dos equipamentos de iluminação, por exemplo), o trabalho remoto, acelerado pela pandemia, é um enorme contribuidor positivo. Os co-works e os escritórios satélite vieram permitir às empresas manter os seus colaboradores com condições de trabalho semelhantes às dos seus escritórios, fortalecer as culturas empresariais e reduzir o commuting, com todas as vantagens que isso acarreta quer em termos ambientais, quer pessoais, familiares e mesmo de produtividade. Por outro lado, as empresas e mesmo as cidades devem optar por sistemas mais inteligentes, que potenciados pela IoT, dados e AI, permitem ganhos de eficiências financeiras, operacionais e de sustentabilidade..Qual é aquele livro/desporto/viagem/atividade que tem vindo a adiar e que quer mesmo ler/fazer no novo ano? Poder retomar algumas viagens que foram adiadas (Japão, Parques Naturais nos EUA, países nórdicos, Ásia) e poder dedicar mais tempo a hobbies que me apaixonam como os desportos motorizados..Se fosse um super-herói, qual seria? Mulher elástica, para poder otimizar ainda mais o meu tempo e multiplicar as 24h do dia..Um luxo para si, em 2022, é? Poder só me dedicar afazer o que me apaixona e me desenvolve a nível profissional e pessoal!
A 30 de janeiro haverá eleições. Qual seria para si o governo ideal para o país? O governo ideal para Portugal será aquele que conseguir governar com maioria, focado não no próximo ciclo eleitoral, mas sim em construir um futuro sustentável para o país. É, por isso, necessário endereçar, com seriedade, os verdadeiros motivos que nos têm atrasado. Isso passa por repensar o sector público, aumentar a sua excelência e rigor bem como acelerar a transformação digital que permitirá a sua modernização e otimização. De igual forma, é fundamental criar as condições necessárias para que o sector privado se possa fortalecer, ajudando-o através de uma lei laboral mais flexível e uma lei fiscal estável que permita às empresas poderem prosperar e investir no seu futuro. Por outro lado, é fundamental alterar as mentalidades criando uma cultura de exigência, rigor e profissionalismo, reduzindo a aversão ao risco por forma a fomentar a competitividade do país..De que forma poderá o país voltar a colocar a economia na rota de crescimento? É necessário implementar uma estratégia que promova a competitividade da nossa economia. Para isso é urgente criar uma cultura empresarial, quer no sector privado como no público, de exigência, excelência e rigor. O sector privado necessita de se robustecer e de poder ser saudável de forma autónoma e independente. A reformulação de leis fiscais, laborais e do sistema judicial são também cruciais para garantir essa competitividade, essa robustez e a confiança necessárias para a manutenção dos investimentos. Portugal necessita de identificar áreas onde se pode assumir como uma alternativa competitiva e de qualidade a nível mundial. Já somos uma referência no ecossistema de inovação graças a um elevado número de unicórnios e à performance do nossos fundos de investimento. Necessitamos também de investir em áreas tecnológicas como a cibersegurança, a web 3.0, a AI. Para isso, além das reformulações acima referidas, é fundamental repensar a abordagem ao ensino, mais perto do sector empresarial e das necessidades que um mundo em constante mudança assim exige. Porém, não devemos apostar apenas em áreas tecnológicas, deveríamos motivar as pessoas fora do mercado de trabalho a repensarem as suas opções profissionais e a apostarem também em áreas onde existe uma carência enorme de talento como as relacionadas com a saúde, num mundo onde a longevidade é cada vez maior e acarreta necessidades crescentes em termos de serviços de saúde..Salário mínimo na perspetiva de um empresário: é um desafio ou uma oportunidade? Vai ajudar ou desajudar o país? Mais do que discutir o salário mínimo, é fundamental garantir o aumento do rendimento disponível de todas as famílias, o que fomenta a economia e retém os investimentos e o talento em Portugal. Isto passa, por exemplo, por repensar a política fiscal, laboral e a competitividade das empresas para que possam ter uma sustentabilidade financeira que acomode salários mais elevados. Este aumento do rendimento disponível de todas as famílias criará também condições para promover investimentos no tecido empresarial e uma economia mais robusta..Indústria: o que pode ajudar a nação a criar mais "capitães da indústria" em 2022? A pandemia realçou a importância da existência de uma indústria forte, local e sustentável financeiramente e em termos ambientais. É urgente criar condições favoráveis a que esta indústria ainda existente no nosso país não saia de Portugal. Aspectos já referidos como a competitividade, a lei laboral, a política fiscal e a sua estabilidade, a reforma da justiça são críticos para manter e fortalecer essa indústria bem como para atrair investimentos que garantam a sua sustentabilidade. Estes investimentos são também muito necessários para garantir a transformação digital da nossa indústria que aumenta a sua competitividade e as condições para uma maior exportação. O mundo está aberto a uma deslocalização da indústria das regiões onde tradicionalmente se concentrava a capacidade produtiva a nível mundial e Portugal, com tradição a este nível, deveria aproveitar esta fase e assumir a sua qualidade e presença..Tecnologia: o que esperar em 2022? A nível mundial assistimos a um acelerar da web 3.0 que alterará o paradigma dos negócios bem como das organizações e da guerra pelo talento. A maior parte das pessoas reduz a web 3.0 ao fenómeno especulativo das cripto currencies, porém, este é um salto tecnológico muito mais abrangente. Este, nomeadamente a tecnologia de blockchain, assenta em valores de transparência e verificação, numa comunidade inclusiva e orgânica e na ownership e desintermediação da economia. No entanto, este novo salto tecnológico, que já é uma realidade, acontece num mundo onde ainda há muitas empresas que demoram em acelerar o seu processo de transformação tecnológica e a implementação de estratégias de dados que lhes permitam maximizar o valor do seu negócio e dos seus clientes. Em 2022 continuará a existir uma aposta na tecnologia a duas velocidades. Por um lado, a continuação e esperemos aceleração, dos processos de transformação digital que permitem transformar os negócios, aumentar as eficiências das operações, maximizar o valor dos dados, melhorar a experiência dos clientes e potenciar a colaboração e produtividade dentro das empresas. Por outro, uma crescente aposta em novas tecnologias ainda não massificadas e das quais os negócios já deveriam estar a beneficiar em pleno (analytics, AI, Machine Learning, cybersecurity, blockchain, entre outras). Este será um ano em que, a nível global, veremos uma maior aposta na web 3.0, começando a ser visível a sua aplicação ao mundo real e aos benefícios que daí adveem..Energia: vão as tensões geopoliticas agudizar-se? E porquê? A energia tem sido fonte de tensões geopolíticas ao longo dos tempos. Vivemos num mundo cada vez mais híbrido, onde a coexistência de tipos de energia diversos e complementares é uma realidade. Quanto maior dependência das energias renováveis, de produção mais local, menor o impacto das tensões geopolíticas. Deverá ser uma prioridade dos Governos criar condições para a aceleração da transição energética garantindo, por exemplo, a existência de infraestruturas, licenciamentos mais ágeis ou mesmo uma estabilidade legislativa e regulamentar que atraia investimentos..A natalidade é um dos desafios nacionais. Que medida(s) poderá o novo governo implementar para colmatar a falta de nascimentos? É premente pensar em incentivos às famílias (redução da carga fiscal, prémios de natalidade, mais apoios a famílias numerosas) que permitam aumentar a riqueza disponível bem como criar condições de maior flexibilidade. A reforma da política fiscal, como referida diversas vezes neste texto, terá também elevados impactos positivos na natalidade. É crítico combater o envelhecimento da pirâmide populacional implementando incentivos aos jovens para evitar que emigrem. O talento português é reconhecido mundialmente e, quer pelos benefícios para o desenvolvimento económico, quer pelos benefícios em termos de pirâmide populacional, deve ser mantido..Alterações climáticas: que contributo irá dar para colmatar esses efeitos? Todos podemos, de forma individual e fácil, impactar positivamente o futuro do nosso planeta. Além das iniciativas mais comuns (reciclagem e alteração dos equipamentos de iluminação, por exemplo), o trabalho remoto, acelerado pela pandemia, é um enorme contribuidor positivo. Os co-works e os escritórios satélite vieram permitir às empresas manter os seus colaboradores com condições de trabalho semelhantes às dos seus escritórios, fortalecer as culturas empresariais e reduzir o commuting, com todas as vantagens que isso acarreta quer em termos ambientais, quer pessoais, familiares e mesmo de produtividade. Por outro lado, as empresas e mesmo as cidades devem optar por sistemas mais inteligentes, que potenciados pela IoT, dados e AI, permitem ganhos de eficiências financeiras, operacionais e de sustentabilidade..Qual é aquele livro/desporto/viagem/atividade que tem vindo a adiar e que quer mesmo ler/fazer no novo ano? Poder retomar algumas viagens que foram adiadas (Japão, Parques Naturais nos EUA, países nórdicos, Ásia) e poder dedicar mais tempo a hobbies que me apaixonam como os desportos motorizados..Se fosse um super-herói, qual seria? Mulher elástica, para poder otimizar ainda mais o meu tempo e multiplicar as 24h do dia..Um luxo para si, em 2022, é? Poder só me dedicar afazer o que me apaixona e me desenvolve a nível profissional e pessoal!