Ricciardi ilibado e arrolado como testemunha do Ministério Público

Ex-presidente do BES Investimento ilibado de quaisquer crimes cometidos no caso da queda do Espírito Santo e irá testemunhar pela acusação no processo da queda do grupo Espírito Santo

O antigo presidente do BES Investimento, José Maria Ricciardi, foi ilibado de quaisquer crimes cometidos no caso da queda do Espírito Santo e arrolado como testemunha do Ministério Público, noticia esta terça-feira à noite o jornal Público.

"Afinal face aquilo que li nas notícias e o que ouvi nas televisões, verifico que as iniciativas que empreendi nos anos de 2013 e 2014, para tentar alterar a governance do GES e do BES afastando o doutor Ricardo Salgado, tinham toda a razão de ser", disse o ex-presidente do BESI e gestor do BES disse ao jornal generalista.

Ricciardi, refira-se, criticou publicamente o primo Ricardo Salgado, defendo que este devia sair da governação do GES, o que gerou na altura desconforto no seio familiar.

"Não podia, na altura, se quer imaginar a extensão e a gravidade das fraudes praticadas e dos prejuízos causados a terceiros o que não permitiu ser ainda mais incisivo e atuante nas medidas que tomei para evitar o colapso do GES e do BES", afirmou agora Ricciardi.

O Ministério Público deduziu esta terça-feira acusação contra 25 arguidos no caso da queda do Grupo Espírito Santo, no culminar de uma investigação que tem o ex-banqueiro Ricardo Salgado como principal figura. O comunicado do MP dando conta da acusação, no entanto, não refere nomes, mas este é um dos acusados, segundo assumiu a defesa do prórpio.

"Depois de múltiplos pré-anúncios em alguns órgãos de comunicação social, que se sucederam desde o passado mês de fevereiro até agora, o Dr. Ricardo Salgado foi notificado da acusação no processo conhecido como "Universo Espírito Santo"", fonte oficial da defesa do antigo banqueiro.

"O Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal deduziu acusação contra 25 arguidos, 18 pessoas singulares e 7 pessoas coletivas, nacionais e estrangeiras, no âmbito do processo principal do designado "Universo Espírito Santo"", pode ler-se em comunicado enviado esta tarde às redações.

"Foi deduzida acusação pelo crime de associação criminosa (relativamente a 12 pessoas singulares e 5 pessoas coletivas) e pelos crimes de corrupção ativa e passiva no setor privado, de falsificação de documentos, de infidelidade, de manipulação de mercado, de branqueamento e de burla qualificada contra direitos patrimoniais de pessoas singulares e coletivas", prossegue o documento.

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