Repsol vai atualizar preços dos combustíveis a partir meia-noite
A petrolífera Repsol disse hoje que a generalidade dos seus postos de abastecimento vai subir o preço dos combustíveis a partir das 00:00 de sábado para refletir o aumento do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) determinado pelo Governo.
A informação foi avançada à Lusa por fonte oficial da empresa espanhola, que acrescentou, no entanto, que alguns postos podem ter "um processo administrativo mais rápido e, nesse caso, o preço pode entrar em vigor mais cedo".
A Lusa contactou também a Galp para saber quando será refletido o aumento previsto de seis cêntimos por litro na gasolina sem chumbo e no gasóleo rodoviário e de três cêntimos por litro no gasóleo verde, mas fonte oficial manteve a posição transmitida hoje de manhã de que a empresa está "a avaliar" a aplicação da nova portaria.
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Também a BP Portugal disse à Lusa que está "a avaliar a aplicação da portaria", pelo que garantiu que "ainda não fez refletir nos preços dos combustíveis o aumento do Imposto sobre Produtos Petrolíferos". Já a CEPSA disse que "não tem autorização" para responder à questão neste momento.
A portaria n.º 24-A foi publicada na quinta-feira em Diário da República e entra hoje em vigor, estabelecendo um aumento de seis cêntimos por litro no imposto aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário.
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É também determinado um aumento de três cêntimos por litro no imposto aplicável ao gasóleo colorido e marcado (gasóleo verde ou agrícola).
No entanto, o valor a pagar pelos consumidores deverá ser superior aos anteriormente referidos, uma vez que o aumento do ISP também faz aumentar a base sobre a qual incide o IVA - Imposto Sobre o Valor Acrescentado. Por exemplo, no caso da gasolina sem chumbo, o aumento total deverá ser superior a sete cêntimos.
A subida dos Imposto Sobre os Combustíveis foi anunciada pelo Governo aquando da apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2016 para compensar a descida das cotações do petróleo nos mercados internacionais, que levou a uma perda de receitas para o Estado. Com esta medida, o executivo de António Costa pretende arrecadar mais 360 milhões de euros este ano.
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