Português Alexandre Fonseca sobe à liderança internacional do grupo Altice

Decisão dos acionistas Patrick Drahi e Armando Pereira de pôr Alexandre Fonseca aos comandos do gigante mundial de telecomunicações tem efeitos já a 2 de abril. André Figueiredo segue para a estrutura global e a Altice Portugal passa a ser liderada por uma mulher, com o gestor como chairman da operação nacional. E vai ficar sediado em Portugal.
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Aos 47 anos, o português que nos últimos cinco liderou a Altice Portugal foi convidado a subir à primeira cadeira do grupo. A partir de 2 de abril, Alexandre Fonseca será co-presidente executivo (co-CEO) global do grupo Altice, avaliado em cerca de 70 mil milhões de euros, cargo que acumulará com o de presidente do conselho de administração (chairman) da Altice Portugal. Mudanças que o grupo considera "muito relevantes na prossecução do caminho da liderança, consolidação de mercados e expansão das suas operações nos diferentes pontos geográficos do globo e em particular em Portugal", segundo uma comunicação interna a que o Dinheiro Vivo teve acesso.

Os fundadores da Altice, Patrick Drahi e Armando Pereira, decidiram puxar para os comandos do gigante mundial de telecomunicações o gestor português que em novembro de 2017 nomearam CEO da Altice Portugal. Na estrutura do grupo, caberá a Alexandre Fonseca coordenar "as operações de diferentes países, assumindo as funções de co-CEO e responsável pelas operações do grupo, nomeadamente na Altice Europe". "A nova estrutura de gestão, contará, para além de Alexandre Fonseca, com Malo Corbin como co-CEO responsável pelas finanças e M&A e ainda com David Drahi como co-CEO e responsável pelo desenvolvimento e tecnologia", explica a empresa.

A mudança será oficializada esta sexta-feira de manhã numa conferência de imprensa da Altice, na sede de Picoas, em Lisboa, onde será também anunciada a sucessora na liderança da empresa em Portugal. Desde 2018 a assumir a Altice Dominicana, Ana Figueiredo, "reconhecido quadro superior da Altice", será agora CEO da Altice Portugal.

A alargada experiência de Alexandre Fonseca no setor das telecomunicações, no qual entrou em 1995, mas sobretudo a forma de liderar e os ganhos conseguidos em Portugal para o grupo, incluindo o caráter inovador associado à marca Meo e ao Altice Labs, que transformaram profundamente o setor e geraram resultados, terão sido determinantes para a escolha do português para subir à liderança internacional do grupo. A Altice opera também em França, Israel, República Dominicana, Reino Unido (via British Telecom), Alemanha (via Deutsche Glasfaser) e Estados Unidos, estando presente ainda em mais de 60 países. São "quase 100 milhões de clientes, mais de 100 mil funcionários e cerca de 60 mil milhões de dólares de receita".

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