OE para 2021 mantém aposta na reindustrialização
O governo considera que a crise provocada pela pandemia de covid-19 veio mostrar a importância de ter uma estratégia de política industrial "ambiciosa", até porque a economia nacional precisa de "uma indústria forte, assente na inovação, no valor acrescentado, na proteção ambiental e na sustentabilidade, que contribua para a autonomia estratégica do País através da redução da excessiva dependência em relação a países terceiros, nomeadamente no que respeita a bens e tecnologias críticas, como sejam a farmacêutica ou os bens de equipamento".
No âmbito desta estratégia, as pequenas e médias empresas (PME) "devem ocupar um papel central" já que são o motor do crescimento económico. "Em 2021, afirmar-se-á a aposta na reindustrialização como pilar fundamental da estratégia de recuperação económica, criando-se as condições para fazer emergir uma indústria competitiva, resiliente e de futuro", pode ler-se na proposta de Orçamento do Estado para 2021.
Por isso, o governo mantém "a aposta na capacitação do sistema científico e tecnológico, fomentando a sua articulação com a indústria nacional, através da operacionalização do novo enquadramento regulamentar e do novo modelo de financiamento e acompanhamento das infraestruturas tecnológicas".
A aposta nos clusters é também para manter e vão ser reforçados "os mecanismos de acompanhamento dos setores, de modo a garantir a concretização das medidas previstas nos pactos setoriais celebrados e a avaliar a necessidade de revisão dos mesmos em face das novas tendências e dos novos desafios".
"O reforço da competitividade empresarial depende também da qualificação dos recursos humanos e das capacidades de gestão, pelo que, em 2021, será lançado, em parceria com as entidades gestoras dos clusters, um programa de formação profissional e requalificação de ativos", pode ler-se ainda na proposta de Orçamento do Estado.