OCDE prevê menos crescimento, mais inflação, mas défice menor em 2023 do que diz Medina

"Crescimento salarial irá ganhar força à medida que a taxa de desemprego permanece baixa, mas não o suficiente para proteger o poder de compra das famílias", calcula a OCDE.
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Portugal deve conseguir combinar um ano de crescimento em declínio (1% em 2023), uma inflação de quase 7%, mas o défice público continuará a cair, podendo chegar a 0,6% do produto interno bruto (PIB) e o peso da dívida também deve ser inferior (109,9% do PIB) à da projeção do governo, na proposta de Orçamento do Estado para o ano que vem (OE2023), diz a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), no novo panorama (outlook) sobre as economias mais desenvolvidas do mundo.

No estudo sobre Portugal, divulgado esta terça-feira, a OCDE observa que "o crescimento real do PIB [portanto, crescimento descontando a inflação] deverá diminuir de 6,7% em 2022 para 1% em 2023 e 1,2% em 2024, à medida que a guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, as perturbações das cadeias de abastecimento, os preços elevados da energia e o aumento das taxas de juro pesam sobre a atividade" da economia portuguesa.

"O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) irá impulsionar o investimento público, mas há riscos de que os atrasos na implementação continuem", avisa a organização sediada em Paris.

"A subida dos preços da energia e dos alimentos elevará a inflação dos preços no consumidor a 8,3% em 2022, 6,6% em 2023 e 2,4% em 2024", refere o ​​​​​​​outlook sobre o caso português.

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