"Nos próximos dez anos, as discussões sobre a transição digital vão ocorrer cá"

O ministro de Estado e da Economia sublinhou na abertura da Web Summit que a capital portuguesa vai ser o local onde o futuro da tecnologia, e os desafios que a evolução desta levanta, vai acontecer.

Em 2009, teve lugar em Dublin o primeiro teste aquilo que hoje conhecemos como a Web Summit, a maior cimeira de tecnologia e empreendedorismo do mundo. Naquele ano, contou recentemente Paddy Cosgrave, CEO da Web Summit, ao Dinheiro Vivo, fez "duas coisas, a Lectures Ireland e a Dublin Web Summit Series, uma série de talks que arrancou em fevereiro 2010 e outra em junho". "A primeira Web Summit a sério, que recebeu os fundadores do Youtube e do Skype, foi em outubro de 2010", recordou.

Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, no seu discurso na abertura oficial da edição de 2019 da Web Summit, recordou esses tempos, notando que: "há dez anos, em 2009, poucas centenas de empreendedores encontraram-se com investidores" naquilo que foram os primórdios da Web Summit e conseguiram "lançar algumas empresas interessantes". Mas "dez anos depois, as coisas são diferentes" nomeadamente em termos tecnológicos.

Ao nível tecnológico, "as coisas acontecem muito rápido. E o que sabemos para daqui a dez anos, [é que as mudanças] vão ser ainda mais rápidas", o que acaba por "criar alguns problemas" e à medida que os novos desafios surgem, vão ter ser encontradas soluções.

A Web Summit, que vai ficar em Lisboa até 2028, vai ser o palco onde a discussão sobre os desafios e soluções vão ocorrer. "A Web Summit, nos próximos dez anos, vai ser onde vão acontecer as conversas" sobre a nova realidade.

"No século XVI, Lisboa era capital da globalização", recordou o governante para lembrar que, durante estes últimos cinco séculos a capital portuguesa sempre foi uma cidade "aberta, que permite que diferentes pessoas se conheçam. Nos próximos dez anos, as discussões sobre a transição digital vão ocorrer cá. Vamos dar as boas vindas [a todos os que queiram debater] como demos durante os últimos 500 anos".

Cidade tolerante

O presidente da Câmara de Lisboa começou a sua intervenção por elogiar a cidade, dizendo que é "aberta e vibrante para a tecnologia" sendo que, um dos melhores exemplos disso, é a permanência da Web Summit em Lisboa desde 2016. Fernando Medina recordou que, o líder da Web Summit, antes de trocar Dublin por Lisboa, recebeu "mensagens de empreendedores a pedirem para trazer a Web Summit para Lisboa" e que Paddy Cosgrave "confiou na cidade e em Portugal".

O autarca não tem dúvidas que nestes últimos anos, a capital fez "um caminho de transformação e é uma cidade aberta à transformação". Além disso, notou, Lisboa é " uma cidade comprometida com as questões ambientais" tendo apostado nomeadamente na diminuição das emissões de gases com efeito de estufa. "No próximo ano, Lisboa vai ser a capital verde da Europa", disse, acrescentando que é tempo de colocar mãos à obra para combater as mudanças climáticas.

Terminou assinalando que a capital é uma cidade "aberta e tolerante" e com "capacidade para comunicar com os outros". "Somos uma cidade aberta, tolerante e em que todos se consideram em casa".

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