No Pingo Doce & Go não há caixas nem se aceita dinheiro. Neste supermercado compra-se com uma app

Cadeia da Jerónimo Martins investiu 2,5 milhões de euros em loja laboratório no Campus da Nova SBE. Projeto levou um ano e meio a ser preparado.
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Basta um smartphone para poder entrar no novo Pingo Doce & Go, fazer as suas compras e pagar. Não há dinheiro vivo, caixas ou filas na nova loja da cadeia da Jerónimo Martins no Campus da Nova SBE, em Carcavelos. Um supermercado para a geração Z.

"Esta loja profundamente tecnológica veio lembrar que a tecnologia é apenas uma das dimensões da inovação", diz Isabel Ferreira Pinto, diretora-geral do Pingo Doce, sobre a loja de 250 metros quadrados que abriu torniquetes esta quinta-feira.

Uma loja onde a cadeia do grupo Jerónimo Martins investiu cerca de 2,5 milhões de euros e que levou 1,5 anos a ser desenvolvida. E com muito recurso ao ecossistema tecnológico nacional, com empresas como a "unicórnio" Outsystems, a Truewind ou a Reckon.AI a dar o seu contributo, bem como a polaca Forcom, com quem o grupo trabalha na Biedronka, esta última nos sistemas de pagamento.

Foi com estas empresas que a cadeia esteve a trabalhar na tecnologia por trás da loja laboratório, onde o Pingo Doce quer testar compras através da leitura do código de barras com telemóvel ou encostando o smartphone ao precário do produto (NFC), uma tecnologia que está limitada ao Android.

O pagamento é feito através de uma aplicação, disponível para sistema operativo Android e iOS, que permite a identificação do consumidor. A app tem de estar associada a um cartão de crédito para o pagamento ser efetuado, mas quem não quiser associar um cartão tem a possibilidade de pagar nas caixas de self checkout.

"Queremos conhecer o consumidor da geração Z, a maioria do público desta universidade, e testar novas soluções tecnológicas", refere André Ribeiro Faria, chief marketing and consumer officer (CMCO) da Jerónimo Martins. O objetivo era permitir que uma compra de conveniência num minuto, durante 24 horas e nos sete dias da semana.

Para concretizar esta "promessa" a empresa tem disponível uma espécie de máquina de venda automática. Ao inserir o código dessa máquina na aplicação, abrem-se as portas automaticamente, tira-se o produto, quando fecha a porta é feito o débito num cesto virtual e o pagamento via aplicação.

"É uma loja laboratório que queremos que continue a ser laboratório, onde queremos errar para aprender depressa", diz André Ribeiro Faria. Mas que não é despida de pessoas: nos 250 metros quadrados, trabalham 20 colaboradores.

Testar sortido e conveniência

Isabel Ferreira Pinto não adiantou um objetivo temporal para levar algumas das tecnologias testadas para a restante rede de lojas do Pingo Doce, mas reforça que a loja não serve apenas para testar máquinas: "é para testar conveniência e o sortido". "Há sortido especifico para esta loja", diz. A loja tem cerca de 1600 referências, das quais 20% tem um novo sortido específico.

Novidades da unidade Meal Solutions do grupo que passam por nova oferta no take away, bem como grande parte da produção de padaria e pastelaria.

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