"No futuro não vamos precisar de carta de condução"

Os carros autónomos são "o único caminho" para se reduzir a sinistralidade nas estradas e a União Europeia tem de gastar dinheiro na mobilidade inteligente de uma forma "mais sensata" e "razoável". Estas foram algumas das ideias partilhadas por Alberto Fernandez Wyttenbach, líder do Segmento de Mercado do Transporte Rodoviário e Automóvel da Agência da União Europeia para o Programa Espacial, que acredita que no futuro ninguém terá carta de condução.
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"No futuro já não vamos precisar de carta de condução, será tudo automático. Não vamos precisar de conduzir", acredita Alberto Fernandez Wyttenbach na sua intervenção, intitulada "Soluções aeroespaciais e a nova estratégia da UE para a mobilidade sustentável". O líder do Segmento de Mercado do Transporte Rodoviário e Automóvel da Agência da União Europeia para o Programa Espacial esteve, esta tarde, na Mobbit Summit a falar das vantagens dos carros autónomos, que considerou que são "o único caminho" para se reduzir a sinistralidade.

"A chave para mais segurança no trânsito são os carros autónomos", frisou várias vezes. Para que estes veículos sejam uma realidade, Alberto Fernandez Wyttenbach apelou ao "apoio das instituições" e à necessidade de se preencher uma lacuna na legislação da União Europeia com soluções espaciais que possibilitem a mobilidade inteligente. Sublinhou ainda que é preciso "criar-se a necessidade" na União Europeia de gastar dinheiro de uma "forma prudente".

"Não podemos pensar só que os carros mais antigos são mais baratos porque os autónomos salvam vidas e definitivamente poupam dinheiro ao Governo. Esse dinheiro deve ser usado para melhorar a tecnologia para que estejam o mais rápido possível nas nossas ruas", defendeu este responsável europeu.

Durante a apresentação Alberto Fernandez Wyttenbach falou das vantagens do Galileo, sistema de navegação por satélite da União Europeia, como a sua segurança. "No próximo ano todos os smartphones vão incluir o Galileo. Se o sistema de navegação não estiver a funcionar no telemóvel, o operador vai ativar remotamente a localização de forma a ajudar-nos mais rapidamente", exemplificou, adiantando que a Europa já tem 15 milhões de carros protótipos com este sistema.

O líder do Segmento de Mercado do Transporte Rodoviário e Automóvel da Agência da União Europeia para o Programa Espacial referiu, várias vezes, que "o futuro do modelo de negócios da indústria dos carros automáticos serão os dados" desde que se garanta que "são protegidos e usados para coisas boas".

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