Ministro da Economia: "Economia tem capacidade para absorver aumento do salário mínimo"
O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, defendeu esta quarta-feira que a "economia tem capacidade para absorver" o aumento do salário mínimo nacional.
Questionado sobre o aumento para 705 euros, o governante disse que essa é apenas uma proposta que o Governo vai levar à concertação social, mas explica que as subidas anteriores do salário mínimo não tiveram impacto negativo nas empresas.
"Até ao momento, a subida do salário mínimo não tem tido impacto nas empresas. É importante que os salários mínimos subam. O salário médio subiu 5% no país. Este movimento é crítico. Estamos com falta de mão-de-obra, por isso os rendimentos vão subir", afirmou aos jornalista, à margem da apresentação do programa de turismo.
As confederações patronais manifestaram-se disponíveis, na terça-feira, para retomar a agenda de trabalhos da Concertação Social, nomeadamente a discussão do aumento do salário mínimo nacional (SMN) para 2022.
"A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a Confederação do Turismo de Portugal (CTP), na sequência da audição com Sua Excelência o Presidente da República e da recente reunião com o Senhor Primeiro-Ministro, estão disponíveis para retomar, dentro do atual contexto político, a agenda de trabalhos da Comissão Permanente da Concertação Social (CPCS), designadamente a discussão sobre o aumento do salário mínimo para o próximo ano", segundo um comunicado sobre a posição conjunta das quatro confederações patronais.
CAP, CCP, CIP e CTP consideraram, porém, que, para uma efetiva discussão da atualização do SMN, "é fundamental que o Governo apresente os fundamentos económicos que suportam a referida proposta".
O Governo vai propor aos parceiros sociais um aumento do SMN dos atuais 665 euros para os 705 euros em 2022, tal como confirmou esta segunda-feira o primeiro-ministro, António Costa, numa entrevista à RTP1.