Medina mantém meta do défice nos 1,9% do PIB em 2022, mas carga da dívida alivia
A meta do défice público deste ano medido em contabilidade nacional (a que conta para Bruxelas e as avaliações internacionais) continua a ser 1,9% do produto interno bruto (PIB), revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira, no reporte semestral associado ao Procedimento dos Défices Excessivos, documento que cita as melhores estimativas enviadas pelo Ministério das Finanças (MF).
Portanto, estamos em finais de setembro, a menos de um mês do novo OE2023 - Orçamento do Estado para 2023 (que virá com novas metas, estimativas e previsões para este ano e o próximo), mas o Terreiro do Paço optou por manter tudo igual no saldo orçamental proposto no OE atualmente em execução.
Medina decidiu deixar essa meta do OE2022 como estava inicialmente (março/abril), apesar de o PIB nominal estimado para 2022 (o denominador deste rácio) ter engordado de 227 mil milhões de euros em março para 230,5 mil milhões de euros agora.
O défice não mexe, mas o rácio da dívida alivia face ao quadro de abril passado. Segundo mostra agora o INE, a carga da dívida deste ano (cuja meta era de 120,7% do PIB há seis meses, a 25 de março, um mês depois de a Rússia invadir a Ucrânia) deverá ser mais leve, mas unicamente por força do aumento do tamanho da economia portuguesa para, como referido, um PIB nominal de 230,5 mil milhões de euros.