Magellan 500. Apresentado projeto para novo aeroporto em Santarém
O gestor Carlos Brazão, ex-quadro da Cisco, apresenta esta terça-feira à tarde o projeto do novo aeroporto de Santarém no colóquio "Novo aeroporto: tempo de decidir", organizado pelo Conselho Económico e Social.
De acordo com um vídeo e uma apresentação a que o DN teve acesso, a aeroporto chamar-se-ia Magellan 500 e seria "construído de raiz de acordo com as práticas mais avançadas do setor" com a colaboração de empresas nacionais e internacionais, estimando-se que tivesse uma capacidade inicial de 10 milhões de passageiros por ano mas que fosse alvo de uma expansão faseada que levaria a infraestrutura a possuir três pistas e a acolher 100 milhões de passageiros por ano.
Na apresentação, são apontadas como vantagens as proximidades às autoestradas A1, A23, A13 e A15, "uma posição ímpar no acesso à rede de autoestradas, sem necessidade de construção de qualquer outro novo troço", e à Linha do Norte, "eliminando necessidade de qualquer investimento público não planeado". De acordo com o projeto, seria construído um "curto ramal de acesso à Linha do Norte" que possibilitaria o transporte de passageiros até Lisboa em 30 minutos e até Coimbra em 45.
A apresentação lembra que a ligação ferroviária da estação Lisboa-Oriente a Santarém se faz presentemente em 29 minutos.
De acordo com Carlos Brazão, este aeroporto estaria até uma hora de distância de 50 sedes de município e mais de três milhões de pessoas - e até 75 minutos de 4,3 milhões de pessoas -, seria construído "num planalto sem zonas inundáveis, escassamente povoada e com ventos amenos" e "equacionado para ter o mínimo impacto nas populações e ambiente".
Com a sustentabilidade como preocupação, a infraestrutura poderia acolher aviões elétricos e a hidrogénio, e poderia criar 170 mil novos empregos e "condições para atração e fixação de população no interior do país".
Concebido como "um projeto de iniciativa privada promovido fora da atual concessão", apresenta-se como um aeroporto que minimizaria o custo global para o país, teria rápida implementação e que seria flexível e escalável face ao que vier a ser a procura aeroportuária em décadas futuras.