Licenciamento de casas dispara face à pré-pandemia

No primeiro trimestre deste ano, foram licenciados oito mil novos fogos para habitação, um aumento de 24,8% face ao homólogo de 2019.

Entre janeiro e março deste ano, foram licenciados 6,8 mil edifícios, verificando-se um aumento residual de 0,6% face ao homólogo de 2021, mas apresentando um crescimento de 7,1% quando comparado com o mesmo trimestre de 2019, período ainda sem efeitos da crise pandémica que veio assolar o mundo.

Do total, 76% referem-se a construções novas e destas, 82,6% destinavam-se a habitação familiar.

Segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o aumento dos licenciamentos em habitação nova é ainda mais surpreendente. Os edifícios licenciados registaram um crescimento homólogo de 4,1% e de 16,5% face ao observado no primeiro trimestre de 2019.

No período em análise, foram licenciados oito mil fogos em construções novas para habitação, um acréscimo de 9,3%, face ao homólogo de 2021 e um aumento de 24,8% quando comparado com o primeiro trimestre de 2019.

Numa análise às regiões do país, o INE dá nota que apenas o Algarve registou a única variação homóloga negativa do país, da ordem dos 52,5%. Essa quebra é justificada pelo facto de no primeiro de 2021 a região algarvia ter apresentado o mais alto licenciamento de fogos em construções novas para habitação dos últimos cinco trimestres.

Já ao nível da reabilitação dos edifícios, verificou-se uma diminuição de 9,1% no primeiro trimestre deste ano face ao mesmo período de 2021 e um decréscimo de 14,1% relativamente aos três primeiros meses de 2019.

A região Norte continuou a destacar-se com o maior contributo em todos os indicadores, sendo responsável por 40,2% dos edifícios licenciados, 42,7% dos licenciamentos para reabilitação e 47,4% dos fogos novos para habitação.

O INE estima que tenham sido concluídos 3,8 mil edifícios em Portugal (construções novas, ampliações, alterações e reconstruções), o que corresponde a um crescimento de 1,8% em relação ao primeiro trimestre de 2021 e a um aumento de 15,2% face ao homólogo de 2019.

A construção nova representou 81,1% dos edifícios concluídos, sendo que 76,9% tiveram como destino o segmento habitacional. Entre janeiro e março deste ano, foram concluídos 4,4 mil novos fogos para habitação, um decréscimo de 8,1% face ao primeiro trimestre de 2021.

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