Raspadinha com falhas na distribuição

Transportadora Urbanos Express, que distribui o jogo pelos quiosques e tabacarias de todo o país, fecha na segunda-feira por acumulação de prejuízos avultados.
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A raspadinha não está a chegar a todos os quiosques e tabacarias, sobretudo na região norte. Já há lojas no Porto que não têm qualquer bilhete para vender, surpreendendo os apostadores que tentam encontrar alternativas para comprar a lotaria instantânea.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), responsável por este jogo, reconhece que há falhas "pontuais" na distribuição. Já a Urbanos Express, empresa que faz a entrega da raspadinha e que vai encerrar a atividade na segunda-feira devido à acumulação de prejuízos, recusa que, apesar disso, haja problemas na distribuição.

O departamento de jogos da Santa Casa adiantou que "tem conhecimento da existência de casos muito pontuais, essencialmente na zona norte, de atrasos ao nível da distribuição de jogo, nomeadamente no que diz respeito à raspadinha", estando a "envidar todos os esforços para colmatar essa situação e garantir a continuidade de serviço".

José Bourbon Ribeiro, presidente executivo do grupo de transportes Urbanos, confirmou que a unidade Express vai encerrar atividade a 30 de setembro (segunda-feira), tendo os trabalhadores já sido informados da decisão. O encerramento é justificado pelos avultados prejuízos da operação, que nos últimos dez anos gerou perdas acumuladas de dez milhões de euros. "É o único negócio do grupo com resultados negativos e consome muita tesouraria", acrescenta.

Sem quantificar o número de trabalhadores afetos à unidade, Bourbon Ribeiro explica que a empresa não tem frota própria e que a maioria dos funcionários são subcontratados. Admite que possa haver "um caso pontual" de falha na distribuição de raspadinhas, mas assegura que a operação não parou.

"Há um plano de transição que está a correr muito bem", sem adiantar mais pormenores. O grupo Urbanos, que emprega 353 pessoas, vai concentrar a sua atividade nos serviços de mudanças, logística técnica, transporte de obras de arte e serviços. E assegura: "O grupo está a viver o melhor ano dos últimos dez."

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