Novo Banco vai pedir mais 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução

Instituição justifica o pedido com as perdas das vendas e redução de ativos.
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O Novo Banco vai pedir uma injeção de capital de 1.149 milhões de euros Fundo de Resolução, divulgou o banco esta sexta-feira.

"Em resultado das perdas das vendas e da redução dos ativos legacy, o NOVO BANCO irá solicitar uma compensação de 1.149 MEuro [milhões de euros] ao abrigo do atual Mecanismo de Capital Contingente (CCA). Este montante decorre em 69% das perdas assumidas sobre os ativos incluídos no CCA e 31% devido a requisitos regulatórios de aumento de capital no quadro do ajustamento do período transitório dos rácios de capital e ao impacto do IFRS 9", refere o banco em comunicado.

Segundo o banco, o valor das compensações relativamente a 2017 e 2018 "totalizam 1,9 mMEuro [mil milhões de euros] que compara com o montante máximo estabelecido no CCA de 3,89 mMEuro".

O Fundo de Resolução ainda detém 25% do Novo Banco, detendo o fundo de investimento norte-americano Lone Star os restantes 75%.

Referente a 2017, o Novo Banco já tinha recebido uma injeção de capital de 792 milhões de euros, pelo que a concretizar-se o valor pedido hoje conhecido, as injeções do Fundo de Resolução ficarão em mais de 1.900 milhões de euros, o que significa que ainda poderá pedir mais quase 2.000 milhões de euros, uma vez que a recapitalização do Fundo de Resolução pode chegar aos 3,89 mil milhões de euros.

No ano passado, o Estado teve de emprestar ao Fundo de Resolução dinheiro (mais de 400 milhões de euros) para que este pudesse recapitalizar o Novo Banco.

Prejuízos de 1412 milhões e pior em 2017

O Novo Banco teve prejuízos de 1.412,6 milhões de euros em 2018, divulgou ainda o banco, que alterou os resultados de 2017 e subiu os prejuízos para 2.298 milhões de euros nesse ano.

No ano passado, o Novo Banco tinha apresentado resultados negativos de 1.395 milhões de euros em 2017, mas hoje indicou que alterou esse valor para 2.298 milhões de euros.

Segundo o banco, os valores são "reexpressos de forma a refletir em outras reservas e resultados transitados a ativação do Mecanismo de Capital Contingente e a alteração do registo inicial de passivos relacionados com a operação de LME [recompra de obrigações] concretizada no último trimestre de 2017".

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