INE confirma carga fiscal em 35,4%, a maior de sempre
A carga fiscal portuguesa ficou no ano passado em 35,4% do produto interno bruto, confirma esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística, numa evolução da cobrança de impostos que traduz em 2018 um subida de um ponto percentual no peso das receitas fiscais na economia (34,4% em 2017).
Os dados apontam um crescimento no encaixe fiscal de 6,5%, em termos nominais, acima do crescimento de 3,6% do PIB. Em 2018, o Estado encaixou 71,4 mil milhões de euros em receitas fiscais. E o INE assinala que, subtraídos valores de impostos a cargo de instituições europeus (como direitos aduaneiros ou IVA das importações num total de 358 milhões de euros), a carga fiscal fixou-se em 35,2% do PIB, abaixo da média de 39,4% de uma União Europeia a 28.
A nota do INE destaca uma descida ligeira, de 0,1%, no peso dos impostos diretos na composição das receitas fiscais, que ficou em 29,5%, com perto de 21 mil milhões recebidos, 13,3 milhões dos quais em IRS. O imposto sobre os rendimentos singulares cresceu 6,5%, mais 704 milhões de euros, traduzindo, segundo o INE, um aumento das remunerações (mais 5%) e também um o facto de haver mais pessoas a pagar IRS em 2018.