EY: Moedas digitais dos bancos centrais vão ter impacto na banca
O aparecimento das moedas digitais criadas pelos bancos centrais vai alterar a estrutura do setor da banca e é um dos desafios que os bancos irão enfrentar no futuro.
As moedas digitais emitidas pelos bancos centrais vão ter impacto nos bancos e alterar a estrutura do setor.
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Segundo Mario Delgado Alfaro, sócio da consultora EY, este é um dos desafios que a banca vai enfrentar nos próximos anos.
"A forma como as moedas digitais dos bancos centrais estão a ser desenhadas, vai ter impacto na estrutura do setor bancário", afirmou Alfaro, esta sexta-feira, na 5ª edição da Money Conference 'Banca 2022 - Testar, Personalizar e Crescer', organizada pelo DV/DN/TSF em parceria com a EY, Sage e Iberinform.
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Deu o exemplo de que estas moedas digitais podem, por exemplo, alterar a forma como é feita a captação de depósitos.
Apontou ainda que as criptomoedas, em geral, constituem um desafio para o setor. O consultor dividiu as moedas digitais em três tipos: criptoativos, como é o caso do bitcoin, a moeda virtual mais valiosa do mundo; as stablecoins (moedas estáveis), que são indexadas a ativos; e as moedas digitais dos bancos centrais.
"Estas últimas, que em princípio estão a ser pensadas (...), têm potencial para alterar a forma como a banca funciona", disse o sócio da EY.
Destacou que a digitalização constitui uma oportunidade para o setor e frisou ainda a tendência em torno do papel das finanças sustentáveis na banca.
Elisabete Tavares é jornalista do Dinheiro Vivo