Desemprego registado volta a crescer em agosto, supera 409 mil inscrições
O número de desempregados registados pelo IEFP a nível nacional atingiu em agosto os 409 331, tornando a crescer pelo segundo mês consecutivo após uma redução ligeira em junho.
O número, o mais elevado desde janeiro de 2018, representa uma subida de 2029 desempregados inscritos face ao mês anterior e de mais 105 mil que há um ano.
Os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), publicados esta segunda-feira, dão conta de que relativamente a julho há uma subida no desemprego oficial registado em 0,5%. Já comparando com agosto de 2019, o crescimento é de 34,5%.
Já olhando para os dados anteriores à pandemia, contam-se na comparação com fevereiro mais 93 779 desempregados com inscrição ativa nos centros de emprego, num crescimento de 28% desde então.
Em agosto, inscreveram-se nos centros de emprego mais 43 027 desempregados, menos 3 773 que os que se haviam inscrito no desemprego em julho.
No Algarve, a região que mais tem visto o desemprego aumentar, observa-se em agosto uma redução no stock de desemprego registado de 10,6% face ao mês anterior (menos 2 425)..Ainda assim, face há um ano, o desemprego mantém um crescimento de 178%, com mais 13 072 desempregados.
A segunda região com maior aumento homólogo no desemprego registado (48%), Lisboa e Vale do Tejo, também assistiu a uma pequena descida mensal, de 0,2%, com menos 296 inscritos.
O Norte, pelo contrário, viu o desemprego registado subir 2,2% em termos mensais, com mais 3 346 inscritos em agosto, assim como a zona Centro, numa subida de 1,3%, com mais 677 desempregados. Os aumentos foram de 24% e 23%, respetivamente, por comparação com o mesmo mês do ano passado.
Alentejo e Madeira também somaram mais desempregados em agosto, com crescimentos mensais de 0,9% (161 indivíduos) e 3,1% (574 indivíduos), respetivamente. Por comparação com agosto de 2019, ambas as regiões contam mais 27% de inscritos no desemprego.
Por sectores de atividade, o mês de agosto contribuiu para uma redução mensal no número de desempregados do turismo, com uma descida em 3,5% nas atividades de restauração e alojamento (menos 1495 inscrições).
Ainda assim, por comparação com o mesmo mês do ano passado, o sector continua a ser o mais penalizado pela pandemia, com mais 88% desempregados que há um ano.
Observa-se ainda em agosto uma recuperação nas atividades imobiliárias, administrativas e de serviços de apoio, com menos 1743 desempregados que em julho (menos 1,7%). Ainda assim, o sector que concentra quase um terço do desemprego do país continua a registar mais 51% de desempregados que há um ano.