Daniela Braga vai ter 34,5 milhões de euros para colocar a AI portuguesa no mapa mundial
Tem o nome de Accelerat.ai e promete ajudar a colmatar o atraso que a Europa tem face aos Estados Unidos da América no que concerne à inteligência artificial (AI). Em conferência de imprensa Daniela Braga, fundadora da Defined.ai, apresentou o projeto que, segundo ela, vai ser o primeiro milestone no hub de AI em Portugal. Só para se ter uma ideia, e segundo Daniela Braga, a Europa está 10 mil milhões de euros e 10 anos atrasada face ao mercado norte-americano.
Porquê AI? Porque Daniela Braga acredita que "a AI é uma das tecnologias que, muito em breve, vai ser tão importante como a internet para a nossa sobrevivência".
O projeto assenta em IA conversacional. Basicamente, explicou, vai ser possível, através de um agente, fazer coisas como comprar bilhetes, preencher os impostos... através de um interface, em todas as interações com uma empresa ou com a Administração Pública. Mesmo porque a pandemia demostrou que não podemos depender das interações presenciais para os procedimentos necessários.
A Defined.ai é a líder do consórcio responsável pelo projeto e que inclui instituições como a Faculdade de Ciências de Lisboa e o Instituto Superior Técnico, a NOS, a Desco, assim como a IBM e a Microsoft como parceiros tecnológicos.
O projeto, a três anos e que começa "efetivamente agora", representa um investimento de 34,5 milhões de euros, dos quais 75% são cofinanciados pelo governo português. Em contrapartida isso significa a criação de 150 postos de trabalho. Sendo que isso não implica que "não possamos importar pessoas" para o trabalho em causa. O certo é que estas "têm de trabalhar e pagar impostos em Portugal".