Contas congeladas são de Isabel dos Santos, não das empresas
"A Efacec e os seus acionistas são entidades distintas." As contas da Efacec não foram congeladas, nem em Portugal, nem em qualquer outro país onde a empresa opera."
O esclarecimento vem da própria empresa depois de notícias que davam conta de que as contas de Isabel dos Santos em Portugal foram arrestadas (o que foi confirmado pela PGR) mas que também as contas das companhias onde a empresária angolana tem participações poderiam ter sido congeladas. Esta informação - que a ser verdade implicaria paralisar por completo as empresas, que se veriam impedidas, nomeadamente, de pagar a fornecedores e trabalhadores - é vigorosamente desmentida pela Efacec. E o mesmo vale para as restantes companhias em que a empresária tem participações, como a NOS ou a Galp.
A empresa sublinha ainda, no comunicado enviado ao Dinheiro Vivo, que está a "operar a todos os níveis, continuando a desenvolver e a participar em projetos nas áreas da energia, ambiente e mobilidade, mantendo a confiança de centenas de clientes e fornecedores em todo o mundo" - confiança e apoio "nesta fase de transição" que aproveita para agradecer.
A administração da Efacec Power Solutions lamenta profundamente essas notícias, sublinhando que os efeitos da dita "informação falsa", "que nada tem que ver com as contas ou as operações da empresa" poderiam causar "sérios danos à reputação da marca Efacec, construída ao longo dos seus 72 anos de existência".
Nesta tarde, soube-se que a PGR, a pedido de Angola, tinha avançado com o arresto das contas pessoais de Isabel dos Santos e do marido, Sindica Dokolo. "Confirma-se que o Ministério Público requereu o arresto de contas bancárias, no âmbito de pedido de cooperação judiciária internacional das autoridades angolanas", afirmou esta tarde fonte da Procuradoria-Geral da República.