Carlos Costa aponta Mário Centeno a governador do Banco de Portugal

A poucos meses da saída do supervisor, Carlos Costa assinala que ministro das Finanças "tem todas as condições" para ser um "grande governador".
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"Tem todas as condições para ser um grande governador do Banco de Portugal." Carlos Costa aponta Mário Centeno, atual ministro das Finanças, para a sucessão no cargo de líder do órgão de supervisão do sistema bancário português. Em entrevista ao semanário Expresso deste sábado, o ainda governador do Banco de Portugal destaca o papel do ministro da Economia na crise da pandemia e dá sinal positivo à gestão do Novo Banco.

Para sustentar a opção por Mário Centeno, Carlos Costa recorda o papel de outro governador, José Silva Lopes, que ocupou o cargo entre 1975 e 1980, tendo sido ministro das Finanças, ao mesmo tempo, em alguns desses períodos. "Foi um dos grandes construtores do Banco de Portugal moderno que nós temos", nota Carlos Costa, e "em nada retirou a independência" ao supervisor bancário nacional.

Ainda sobre o atual ministro das Finanças, Carlos Costa diz que tem "trocado notas" porque é "muito mais preciso e exato" a escrever do que a dizer algo.

Em relação à estratégia para lidar com a crise do novo coronavírus, o ainda governador nota que o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, "tem sido a pessoa mais clara", embora lembre: "se depois ele consegue colar a ação ao propósito, é uma questão que tem de resolver.

Sobre o Novo Banco e a mais recente injeção de capital - de 1 037 milhões de euros -, Carlos Costa defende que a instituição merece uma "referência positiva" por "continuar a ter a confiança" junto de particulares e de empresas. Carlos Costa termina o segundo mandato como governador do Banco de Portugal no início de julho, embora já tenha mostrado disponibilidade para ficar no lugar por mais algum tempo se for necessário.

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