O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, apresenta esta quarta-feira as novas medidas para mitigar o aumento dos custos de energia, que afetam as famílias, mas também vários setores da atividade empresarial, principalmente aqueles mais dependentes da eletricidade..YouTubeyoutubeMq2EwZM3VhI.O Governo já avançou com várias medidas para tentar reduzir o impacto da subida do preço do gás e da eletricidade, contempladas na proposta de Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), mas também visadas no acordo de concertação social obtido com os parceiros sociais..O OE2023 contempla a majoração, em sede de IRC, dos custos de energia das empresas, em 20%, e dos gastos de produção agrícola, em 40%, numa medida com um custo orçamental estimado de 60 milhões de euros..O Governo propõe a majoração, em IRC, em 20% dos gastos e perdas com eletricidade e gás natural, para o período de tributação com início em ou após 01 de janeiro de 2022, na parte que exceda os gastos e perdas suportados no período de tributação anterior, e para 2022 e 2023, a majoração em 40% dos gastos e perdas incorridos com a aquisição de fertilizantes, corretivos de solo, rações, demais alimentação animal e água para rega, quando usados para atividades de produção agrícola..No acordo de concertação social é referido que o Governo vai injetar mais 3.000 milhões de euros nos sistemas de eletricidade e gás para limitar os preços da energia e se compromete a adotar novas medidas com vista a mitigar o aumento dos custos de energia para famílias e empresas..Segundo o executivo, "estas medidas traduzem-se em reduções significativas do custo da eletricidade consumida pelos setores económicos, nos quais se incluem os grandes consumidores"..As poupanças seriam comunicadas pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), prevendo-se reduções de cerca de 40 euros por megawatt-hora (MWh) para o gás consumido pelas empresas não abrangidas pela tarifa regulada (até 80% do seu consumo), "o que permite uma poupança de cerca de 20% a 30% face ao preço esperado em 2023", lê-se no acordo.