1,8%. Economia portuguesa cresce acima da média europeia
Contributo da procura interna para a variação do PIB diminuiu, refletindo a desaceleração das despesas das famílias e sobretudo do investimento.
O Produto Interno Bruto (PIB) português aumentou 1,8% no segundo trimestre deste ano em termos homólogos e progrediu 0,5% em cadeia, mantendo o ritmo do trimestre anterior, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), crescendo assim a um ritmo superior ao da média da União Europeia, que foi de 1,3 %, e ainda mais relativamente aos países da zona euro (apenas 1,1%)
Segundo a estimativa rápida do INE, em termos homólogos, "o contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB diminuiu, refletindo a desaceleração das despesas de consumo final e, em larga medida, do investimento".
"Em sentido contrário, o contributo da procura externa líquida foi menos negativo que o observado no trimestre anterior, em resultado da maior desaceleração das importações de bens e serviços que a observada nas exportações de bens e serviços", acrescenta.
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Relativamente à evolução de 0,5% em cadeia, taxa idêntica à do trimestre anterior, o INE explica que "o contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB foi negativo, após ter sido positivo no primeiro trimestre", enquanto "o contributo da procura externa líquida foi positivo, depois de ter sido negativo no trimestre precedente".
Três analistas consultados pela agência Lusa antecipavam um crescimento homólogo médio da economia portuguesa de 1,7% no segundo trimestre, com estimativas entre 1,6% e 1,8%, prevendo dois um aumento de 0,5% em cadeia.
Segundo o INE, esta estimativa rápida incorpora revisões na informação de base utilizada anteriormente, nomeadamente no que se refere ao comércio internacional de bens e aos indicadores de curto prazo, que não implicaram revisões nas taxas de variação homóloga e em cadeia do PIB em volume.
Os resultados definitivos das contas nacionais trimestrais do segundo trimestre serão divulgados em 30 de agosto.
No primeiro trimestre deste ano o PIB português aumentou 1,8% em termos homólogos, acima dos 1,7% do trimestre anterior, e 0,5% em cadeia, impulsionado pela procura interna.
O Governo espera que a economia cresça 1,9% no conjunto de 2019, acima dos 1,7% previstos pela Comissão Europeia, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco de Portugal e também acima dos 1,6% antecipados pelo Conselho das Finanças Públicas.
União Europeia e Zona Euro abrandam
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1% na zona euro e 1,3% na União Europeia no segundo trimestre do ano, em termos homólogos, enquanto na variação em cadeia progrediu 0,2% em ambos os casos, estima o Eurostat.
De acordo com a estimativa rápida hoje publicada pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, o PIB europeu abrandou ligeiramente o ritmo de crescimento verificado no trimestre anterior, já que entre janeiro e março progredira 1,2% na zona euro e 1,6% no conjunto da União na comparação face ao primeiro trimestre de 2018, enquanto face ao trimestre anterior (o último de 2018) crescera 0,4 e 0,5%, respetivamente.
Os dados disponibilizados por Estados-membros revelam que a economia portuguesa subiu acima da média europeia no segundo trimestre -- 1,8% na comparação homóloga e 0,5% face ao trimestre anterior --, destacando-se ainda a ligeira contração do PIB da Alemanha, principal economia europeia, que recuou 0,1% face ao primeiro trimestre do ano (crescendo 0,4% na comparação homóloga, abaixo da média da zona euro e da UE).
No mesmo boletim hoje publicado, o Eurostat estima ainda que o emprego tenha igualmente mantido o ritmo de crescimento do primeiro trimestre, tanto em termos homólogos como na comparação em cadeia.
Segundo a estimativa do Eurostat, na comparação com o segundo trimestre de 2018, o emprego progrediu 1,1% na zona euro e 1,0% no conjunto da União a 28 (após subidas homólogas de 1,3% e 1,2% no trimestre anterior), enquanto na comparação com os primeiros três meses do ano, o emprego registou uma subida ligeira de 0,2% entre abril e junho, tanto no espaço da moeda única como em toda a UE (após ter progredido 0,4% em ambos os casos no primeiro trimestre face aos últimos três meses do ano passado).