Sérgio Conceição: "Qual é o clube que não precisa de estar unido?"
Sérgio Conceição não quis falar muito sobre a falta de união no FC Porto de que se queixou em Braga, no final do jogo com o Sp. de Braga para a Taça da Liga. Após a vitória dos portistas sobre o Gil Vicente por 2-1 em jogo da 18ª jornada da I Liga, o treinador disse que o mais importante é ganhar.
"No momento certo falarei disso. Qual é o clube que quer ganhar que não necessita de toda a gente a remar para o mesmo lado e de estar unido? Faz parte do futebol, daquilo que são estas grandes instituições que vivem de títulos. O mais importante é que hoje ganhámos, depois de uma derrota difícil, demos uma resposta importante, a missão foi cumprida e agora é pensar já no próximo jogo do campeonato", afirmou no flash-interview após o jogo.
Depois, já na conferência de imprensa, afirmou que será técnico da equipa enquanto Pinto da Costa quiser. "O que disse no fim do jogo, momentaneamente, fez com que tivéssemos de conversar. Isso é inequívoco. Mas a partir deste momento foi trabalhar para dar uma boa resposta, principalmente a nível emocional. Enquanto o presidente achar que tenho capacidade e qualidade para estar aqui à frente da primeira equipa, vou fazê-lo. Ele é que manda. Quando falei de união, é público tudo aquilo que se passou, mas está ultrapassado. Dragões Juntos é o nosso lema e Dragões Juntos somos mais fortes, sem dúvida nenhuma. É por aí que queremos ir."
Acrescentou ainda que não viu as suas palavras como um murro na mesa. "O último murro na mesa que dei foi quando era treinador do Sp. Braga. Foram palavras sinceras e genuínas da minha parte daquilo que era o meu sentimento naquele momento. Está ultrapassado? Claramente, já tive oportunidade de o dizer aqui."
Na análise ao futebol desenvolvido frente aos gilistas, Sérgio Conceição admitiu que a segunda parte do FC Porto foi melhor. "Não podemos esquecer o contexto deste jogo. Tudo o que aconteceu há três dias, as expectativas eram grandes para oferecer este título [Taça da Liga] ao clube. É compreensível, os jogadores são humanos, querem muito ganhar, sentem a desilusão e frustração de uma derrota num titulo que queríamos ganhar. Por muito que os motivemos por vezes não é o suficiente", começou por dizer
Depois analisou o jogo: "Notaram-se alguns passes falhados que normalmente não falhamos, algumas situações em que costumamos ser mais eficazes. Sofremos um golo no único remate a baliza do Gil na primeira parte. Na segunda parte fomos mais sólidos, tranquilos e conseguimos fazer o golo da vitoria, podíamos ter definido melhor aqui e ali, mas o resultado é justo."
Sobre a utilização de Vítor Ferreira - Fábio Silva também foi utilizado e Romário Baró foi titular - , deixou elogios à formação do clube e aos jovens. "Eles merecem. Estou atento àquilo que são os jogadores da nossa equipa B e da formação. Não comando a equipa B nem a equipa sub-19. Sou um funcionário do clube que estou atento aos jovens de qualidade que podem integrar a equipa principal", disse.