Nepalês torna-se no mais rápido a subir às 14 montanhas mais altas do mundo

Nirmal Purja consegue o recorde do mundo ao subir aos 14 pontos mais altos do mundo em pouco mais de seis meses.
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Um nepalês de 36 anos tornou-se, esta terça-feira, o mais rápido a escalar as 14 montanhas mais altas do mundo, ao fazê-lo em pouco mais de seis meses, disse a sua agência de caminhadas, assegurando que outros alpinistas levaram vários anos para conseguir este feito.

Nirmal Purja escalou o Monte Shishapangma a 8027 metros, no Tibete, seis meses e uma semana depois de ter subido ao o Monte Annapurna I, que iniciou esta série a que chamou "Projeto Possível".

Mingma Sherpa, da agência Seven Summit Treks, que forneceu logística à equipa, revelou que Purja esteve acompanhado por três alpinistas no cume de Sishapangma.

"Missão cumprida", publicou Purja na sua página do Instagram, após ter alcançado do Tibete, a 14ª montanha mais alta do mundo.

Sherpa revelou que todos os participantes nesta aventura estavam a caminho do seu acampamento base e esperavam regressar a Katmandu ainda esta semana. "Este é o novo recorde mundial", afirmou.

Depois de escalar Annapurna, o décimo ponto mais alto, a 23 de abril, Purja enfrentou a escalada de Dhaulagiri, Kanchenjunga, Everest, Lhotse e Makalu no mês seguinte. De seguida viajou para o Paquistão, onde escalou Nanga Parbat, Gasherbrum I, Gasherbrum II, K2 e Broad Peak. Seguiu-se o Nepal, onde subiu a Cho Oyu e Manaslu, e o Tibete.

Dos 14 picos mais altos do mundo, oito estão no Nepal, cinco no Paquistão e um no Tibete. Especialistas em escalada dizem que pouco mais de três dezenas de alpinistas já subiram os 14 picos até agora, sendo que o anterior recorde de subida mais rápida estava na posse do sul-coreano Kim Chang-ho, que cumpriu este objetivo em sete anos, 10 meses e seis dias, revelou o blogger Alan Arnette.

Purja, que serviu as forças especiais britânicas, em maio, como um Gorkha do Nepal, tirou uma foto mostrando dezenas de alpinistas ligados no cume do Monte Everest, que viralizou expondo o engarrafamento na chamada zona da morte do mundo montanha mais alta. Essa fotografia levou o governo nepalês a redigir um novo conjunto de regras de escalada destinadas a reduzir a multidão no Everest, na sequência das críticas de alpinistas, que alegavam que a segurança estava a ser comprometida.

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